Tem
gente que nem notou
Ainda
insiste em enviar correspondência
No
lombo do pobre burro
Ou
num bicicleta que cochila na demência...
De
tão velha e enferrujada
A
pobre bem que se parece
Com
a mente de certa gente
Que
nos faz de inocente...
Acorda
para a vida e aprende
Que
os avanços ficam acelerados
Cada
dia que passa a coisa fica mais rápido
E
ainda se vive no tempo do ronca aquele bem atrasado...
Coitado
do burro cansado
Com
a carga assim tão pesada
Anda
estradas atravessa o mar
E
aqui nada de chegar...