sexta-feira, 4 de outubro de 2024

O RATO DEOLINDO


 

O pobre do rato
Nasceu pelado
Tomou um susto
Com o olho arregalado.
Pediu uma roupa
A mãe não entendeu
O rato envergonhado
No armário se escondeu.
Olhou o espelho
Tomou um susto
Era todo rosinha
Que absurdo!
Vem filhinho
Venha se deitar
A mamãe espera
Para você mamar.
Não saio mais daqui
Ficar pelado é castigo
Lá fora com certeza
Deve ser um perigo.
Veja seus irmãos
A mamãe consolava
O ratinho Deolindo
Apenas chorava.
O tempo foi passando
O ratinho já estava vestido
Brincava com os irmãos
Tudo era mais divertido.
Irá Rodrigues.

O GATO FREDERICO


Olhava atento a gaiola
Onde cantava o canário
Parecia dando risadas
Lhe chamando de otário.
X
Uma hora eu te pego
Pensava o Frederico
Esse passarinho bobo
Se fazendo de rico.
X
Vivo em liberdade
Eu sou um gatinho
Não vou ter piedade
De um bobo passarinho.
X
Do alto pensava o canário
Esse gato se faz de esperto
Estou aguardando
Quando ele chegar perto.
X
Naquela manhã cedinho
O gato foi espreitar
O canário mais esperto
Começou a planejar.
X
Fingindo está dormindo
O gato abriu a porta
O passarinho bateu asas
Da prisão foi embora.
X
O gato se deu mal
Usou da sua maldade
Beneficiando o canário
Que partiu em liberdade.
X
Irá Rodrigues.
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A MACACA DUDA


 

Quem conhece sabe
Dessa macaca guerreira
Ajuda seus amiguinhos
É sempre verdadeira.
Planta bananeiras
Tem um belo pomar
Um curral e uma granja
Nada pode faltar.
Na fazenda da macaca
Cria ovelhas e um bode
Esse é muito valente
Com ele ninguém pode.
Domingo recebe os amigos
Chega irmãos e sobrinhos
Que adoram brincar no lago
Nadando com os patinhos.
Essa macaca é diferente
Tem uma boa vida
Em todas a floresta
Ela é muito querida.
Irá Rodrigues.
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ERA UMA VEZ...


 

Existia uma floresta
Que tudo era diferente
Árvores quadradas
Todo bicho era inteligente.
Se o passarinho cantava
Tinha bicho que dançava
Flores cheias de truques
O macaco só observava.
Naquele lugar mágico
Morava a tranquilidade
Uma folha que caísse
Era uma grande novidade.
Assim termina a história
Disse feliz uma rosa
Quem desejar venham cá
Gosto de uma boa prosa.
Irá Rodrigues.
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FESTA NO TERREIRO


 

O galo canta afobado
Grita a galinha pedrês
É hora de acordar
Que preguiça de vocês
Assim diz a história
Tudo era uma vez...
X
Comecem a arrumação
Hoje é dia de festa
Colham flores e frutas
Sigam para a floresta
Cuidado com a raposa
Essa senhora não presta.
X
Levem como segurança
O galinho garnisé
Ao pegar bananas
Fujam do chimpanzé
Não fiquem em perigo
Cuidado com o jacaré.
X
E lá partiram as galinhas
Montadas no carneiro
Encontraram o urubu
Batendo pandeiro
Começou a festança
Ficaram o dia inteiro.
X
A noite estavam cansadas
Voltaram para o galinheiro
O galo Teodoro esperava
Na entrada do terreiro
Enquanto o porquinho
Dormia no chiqueiro.
X
Caiu uma tempestade
De longe gritou o bode
A perua Agostinha grita:
Aqui só entra quem pode
A galinha toda molhada
Tremendo se sacode.
X
Depois que a chuva passou
Passarinhos em sinfonia
Cada um pegou seu par
A festa era só alegria
O galo todo empolgado
Só recitava poesia.
X
Irá Rodrigues

LAMENTOS DO FULGÊNCIO


O Fulgêncio é um gambá, vive muito desgostoso, por onde ele passava ouvia sempre dizer: seu fedor vai longe, não tem banho nem perfume que o deixe cheiroso.
O pobre do Fulgêncio não era bem recebida em toda a floresta, tentava andar a noite para pegar alimentos, infelizmente não se controlava, um pum ele soltava, o cheiro se espalhava, mais uma vez era escorraçado.
Além do seu cheiro fedido, era um trapalhão cheio de artimanhas para roubar frutas no pomar do macaco. O que o deixava furioso querendo capiturar o malandro do gambá.
O leão sendo o rei da floresta, ordenou que a partir daquele dia o gambá era obrigado a engarrafar seu pum e soltar a garrafa bem tampada nas águas do rio corrente.
A lei foi sancionada, o leão ordenou que todos fossem juízes, observando o gambá, no descumprimento da lei teria prisão perpétua.
O pobre do gambá saiu disparado antes que o pum saísse ali na presença do rei leão.
Irá Rodrigues.

O MENINO JUCA


 

Foi com os pais morar numa vila, todos eram de coração branca, apenas Juca tinha a pele escura e cabelos crespos, quando andava pelas ruas se sentia muito estranho, as outras crianças olhavam e riam dele chamando-o de encardido, Juca voltava para casa muito triste, não tinha amigos para brincar com suas bolinhas de gude.
No dia seguinte seria o seu primeiro dia de aula, se sentia envergonhado, ao entrar na sala foi se sentar na última fila, assim, não teria que ver os colegas rindo dele.
Com toda timidez foi perguntar à professora.
--Por que a minha cor é diferente de todos? Por que me chamam de encardido? Sabe professora, eu sou muito asseado, tomo banho duas vezes ao dia.
A professora se sentou ao lado do Juca. Com muita delicadeza segurou as suas mãos e disse:
- O amor não tem cor, nossa pele é apenas uma vestimenta que usamos para proteger o nosso corpo. O que importa é o amor que temos dentro do coração.
Vou conversar com seus colegas, ele irão entender que a diferença é que faz o mundo tão lindo.
Juca ficou mais confuso, voltou para casa pensando.
- Mas que cor deve ser o amor?
Será verde como as plantas.
Amarelo da cor do Sol,
Prateado como a Lua,
Ou azul da cor do céu.
Ao chegar em casa foi correndo falar com o pai, precisava entender ou ficaria com as ideias embaralhadas.
- Pai! Por que a nossa cor é diferente das outras pessoas da vila?
O pai pediu ao menino que se sentasse ao seu lado
- Somos todos filhos de Deus, não importa a cor da pele, importa é o que temos dentro da gente, um coração que bate trazendo o mais nobre dos sentimentos, sua cor se chama amor.
Juca ouvia tudo em silêncio, quando o pai terminou ele perguntou:
- A professora disse tudo isso, mas ninguém fala qual cor tem o indagado confuso.
- Filho! O amor tem a cor que a pessoa pinta, nesse momento ele tem a cor branca do amanhecer refletida pela luz do Sol, à noite, ele tem a cor escura para nos trazer paz e poder descansar.
- Eu não quero voltar para a escola, todos riram e me chamaram de encardido. Às lágrimas escorrendo no rosto triste do menino.
O pai com todo carinho lhe disse:
- O que fizeram com você é preconceito, não se sinta inferior, se orgulhe da sua cor e da sua educação, nosso mundo é feito de diferenças isso não é defeito.
Voltará a escola de cabeça erguida, pronto para dar a resposta que merecem.
Juca se sentia mais forte, seguiria os conselhos do seu pai. Ao entrar na escola um dos garotos gritou:.
- Chegou o negrinho, todos riram debochando dele.
Juca com atitude de respeito se levantou e perguntou:
- Alguém aqui gosta de chocolate, toma café, gosta de jabuticabas?
A turma respondeu em coro:
- Claro! São deliciosos, a vida não seria a mesma sem essas gostosuras.
- Já prestaram atenção nas cores? Todas são escuras, nem por isso deixam de serem tão apreciadas.
Todos ficaram boquiabertos. Juca continuo.
- Agora coloque a mão no peito, sinta as batidas do coração.Ele bate igualzinho, o nosso sangue é vermelho, o nossos sentimentos esse sim tem a cor do amor.
Os colegas se calaram, um olhava para o outro, enfim, entenderam que o amor não tem cor.
A partir daquele momento Juca se tornou o melhor amigo de todos os outros garotos, assim o menino fez entender que preconceito é não aceitar as diferenças, sejam Índio, branco, preto, independente da posição social, todos são iguais e merecem respeito.
Autoria Irá Rodrigues.
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