No centro de um frondoso bosque,
bem no alto de uma colina, os papais ursos construíram uma bela casinha, na
qual morava com sua esposa dona ursa e os filhotes Beto e Betinho.
A casinha ficava bem pertinho de
um rio corrente, onde podiam pescar, tomar banho e nunca faltava água fresca,
nem sombra para descansarem em suas redes armadas, uma das árvores mais altas o
papai urso armou um balanço para as brincadeiras dos filhotes, também servia de
palco para suas traquinagens.
Os dois eram muito espertos,
quando o papai saia sempre alertava:
- Não se afastem da redondeza,
ainda são pequenos, podem se perder ou ser atacados por algum animal, como o
lobo ou mesmo dona raposa.
No sábado, o papai pegou a
carroça e foi até o bosque colher frutas, enquanto isso, a mamãe ficou em casa
com os filhotes, ventava muito, no final da tarde, o papai voltava com a
carroça repleta de nozes, castanhas, pinhões e outras sementes. Cheio de
orgulho pela bela colheita ele disse;
- Temos alimentos para um mês
inteiro, podemos até oferecer um pouco aos nossos vizinhos. Após o café puseram
a marchar, finalmente chegaram à casa dos compadres que moravam do outro lado
das montanhas.
Após os abraços e cumprimentos
cheios de alegria, foi servido um gostoso almoço acompanhado de doces de nozes
e bolo de cenoura.
O dia passou cheio novidades. Ao
voltarem para casa já anoitecia, chegando na colina, encontraram o amigo macaco
que corria aflito.
- Depressa! Corram! Gritou o
macaco, o lobo está faminto. Venham! sigam essa estradinha. Os quatro seguiram
em silencio com o medo tomando conta.
Só esqueceram do quanto o macaco
era malandro. Agora vamos! Disse o macaco. O caminho é longo, se quiserem
chegar em casa em segurança, é preciso iniciar a marcha.
O papai urso com sua grande
sabedoria não ousou contrariar mesmo conhecendo as malandragens do macaco.
Pé aqui, outro ali, todos se
puseram a caminhar para chegarem em casa. De repente, o céu escureceu, uma
forte tempestade estava se aproximando.
A correria foi grande, logo
estavam em casa, na segurança das suas camas todos roncavam que dava gosto
ouvir.
Autoria-Irá Rodrigues
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