MARIAZINHA
Saiu bem cedinho
No jardim se encantou
Eram tantas borboletas
Pretas aveludadas
Outras de listas douradas
Antenas longas
Bolinhas nas asas
Contente a menina gritou
Quando uma linda norboleta
Na sua mão pousou...
A poesia e a criança
Tem laços especiais
As duas se combinam
Quem descreve a criança
E não se animam...
A poesia escrita para criança
Tem o poder da afetividade
Esbanja no colorido
É mais que sinceridade...
A fantasia do ser criança
Tem a sua sensibilidade
Nos leva a ser o personagem
Descrevendo nessa linguagem...
O assunto vem fluindo
Com tanta naturalidade
É só trazer lá de dentro
A criança de verdade...
Quem não se encanta
Escrevendo um poema infantil
Deixando bem colorido
Rosa amarelo e azul anil...
O dia acorda
A chuva cai
Logo vem um arco íris
É só deixar
A imaginação voar
E lindas fadinhas
Escorregam nas cores
Voam no azul
Imaginam ser o céu
O rosa vira
Algodão doce
Fazem frutas
Nas outras cores
De todos os sabores...
Brincam
Dão gargalhadas
Meninas travessas
Essas fadas...
Quem nunca
Passou uma noite no campo
Encantou-se com os vagalumes
Aquele bichinho abençoado
De bumbum iluminado...
Parecem estrelinhas piscando
Na grama ou nas flores do jardim
Ou será que são fadinhas
Brincando com as amiguinhas?
vagalumes, vagalumes
Que piscam brilham
Não deixa ninguém pegar
E chegam assim no escuro
Para nos encantar...
Procurei vagalumes
No escuro da noite
Nas folhagens orvalhadas
Numa noite de invernada...
E par te ver sorri
Fui colori o céu
Pintei de rosa Pink
Não deu certo
Os anjos logo vieram
Se dizendo serem meninos...
Resolvi pintar de verde
E logo ficou piscando
Nem eram as estrelas
Eram bumbuns piscando
Dos pequenos vaga-lumes...
Vejam
A folia da meninada
Pulando amarelinha
É chão riscado de giz
Pintando toda calçada...
Quando uma ganha
É aquela folia
Mas se logo outra perde
Vira aquela agonia...
Nada melhor
Quanto vale um sorriso
Vale menos que a maldade
Ilumina o rosto faz bem a alma
Quem dar é uma delicia
Quem recebe ilumina o dia se acalma...
Um sorriso não se pede nem se mendiga
Nem tão pouco se compra ou empresta
Ele é dado de coração
Num olhar num aperto de mão...
Cada sorriso é especial
Um sorriso contagia
Ele pode acalmar a dor
Transformando em amor...
Era uma vez
Um jumento que vivia em bom pasto de uma grande fazenda, nada fazia passava o dia rindo e debochando dos burros que morriam trabalhando na fazenda vizinha,
Uma manha passava pela estrada um jumento velho cansado e triste por ter sido abandonado na estrada.
- Olá o que você tem com essa tristeza?
- O jumento velho parou olhou de lado e respondeu:
- Posso saber qual é seu interesse, logo você que só sabe humilhar os pobres trabalhadores, que culpa eu tenho se você nasceu rico com vida boa.
- Só queria ajudar seu velho.
- fique ai com sua riqueza, nunca trabalhou só sabe debochar dos outros.
E assim lá se foi o jumento triste e cabisbaixo, trabalhou a vida inteira e na velhice é abandonado..
Moral da história mais vale uma velhice digna que a juventude sem respeito...
NUNCA SE ESQUEÇAM
Que crianças felizes
Lembram estrelinhas caindo
Sorrindo de nuvem em nuvem
Toda feliz se exibindo...
Que no seu despertar
Parecem flores se abrindo
Espreguiçam-se dar bom dia
É uma verdadeira alegria...
Cada criança uma flor
Exalando o seu doce perfume
A caminho da escola saltitante
Torna assim o dia mais radiante...
CRIANÇA
É mesmo assim como uma flor
Se bem regada com amor
Ela cresce cheia de alegria
Flutua na vida feito um beija flor...
Sempre vem
As lembranças gostosas
De tempos passados
Recordações saudosas.
Ai eu relembro
Dos filmes á tarde
Tom e Jerry
Fantasminha
Sitio do Pica pau amarelo
E muito mais nem mais lembro.
No caminho da escola
Saia rodada
Lacinho cor-de-rosa
Blusa arrumadinha
Cabelo de franjinha
Era mesmo uma menininha.
Fim de tarde
Brincar na rua
Amarelinha
Pega-pega
Adorava pular corda
Ai que delícia
Quem não se recorda...
Ela se deita ao sol
Fecha os olhos finge dormir
Mas coitado do inseto
Que passar por ali...
Um pobre de um mosquitinho
Achou de passar bem ali
Logo virou o banquete
Engolido pela gigante...
Mas o bichinho valente
Era um mosquito da dengue
No estomago da devoradora
Fazia estripulia
E a lagartixa se contorcia...
O mosquito pulava e dava picada
Sem mais suportar a agonia
Ela o expeliu o pobre inseto
Deixando-a mal-humorada...
Fantasia
Já me senti um anjo
Com meiguice de criança
Já fui pássaro
Criei asas e voei
Fui até sereia
E nesse mar te encantei
Fui tempestade
Explodi
Fui chuva
Só para te molhar
Fui sombra
A te proteger do sol
Fui tanta coisa
Agora sou a serenidade
De uma noite calma
Sonhos flutuantes
Dormir serena
Acordar na hora certa
Coisa boba
Apenas fantasia de poeta...
O dia acorda
A chuva cai
Logo vem um arco íris
É só deixar
A imaginação voar
E lindas fadinhas
Escorregam nas cores
Voam no azul
Imaginam ser o céu
O rosa vira
Algodão doce
Fazem frutas
Nas outras cores
De todos os sabores...
Brincam
Dão gargalhadas
Meninas travessas
Quem nunca
Passou uma noite no campo
Encantou-se com os vagalumes
Aquele bichinho abençoado
De bumbum iluminado...
Parecem estrelinhas piscando
Na grama ou nas flores do jardim
Ou será que são fadinhas
Brincando com as amiguinhas?
vagalumes, vagalumes
Que piscam brilham
Não deixa ninguém pegar
E chegam assim no escuro
Para nos encantar...
Procurei vagalumes
No escuro da noite
Nas folhagens orvalhadas
Numa noite de invernada...
E par te ver sorri
Fui colori o céu
Pintei de rosa Pink
Não deu certo
Os anjos logo vieram
Se dizendo serem meninos...
Resolvi pintar de verde
E logo ficou piscando
Nem eram as estrelas
Eram bumbuns piscando
Dos pequenos vaga-lumes...
Amor de lagartixa
A lagartixa vai ao mercado
Encontrar seu namorado
E declama uma poesia
Tu és minha noite e o meu dia...
E juntos de mãos dadas
Com caldas alongadas
Deitam ao sol se espicha
Poderosa lagartixa...
Adormecida a lagartixa sonha
Que é um dinossauro
Desperta convencida
Mas é mesmo atrevida...
Ainda menina
Dizia ser poeta e escrevia
Em linhas tortas era a minha poesia
Versos rabiscados rasurados
Que nem eu mesma entendia...
Olhava o céu descrevia a lua
Sem ninguém para ouvir
Declamava meu verso
Fingindo viver no universo...
Escrevia e lia ninguém me ouvia
A noite sozinha chorava
Olhando as estrelas
Para elas implorava...
Faz com que minha poesia
Crie asas e possa voar
Até onde eu não possa chegar.
ZECA VERDUREIRO
Sai nas ruas gritando
Saborosa beterraba
Compra logo
Ou acaba...
Quiabo
Repolho
E alho...
A vida de Zeca
Era assim
Plantava
Colhia
Depois vendia...
O MACACO
Fugiu da jaula
Ganhou o mundo
Subiu na árvore
Contemplou a vida
Pulou de galho em galho
Ficou perdido
Não era seu mundo
Sentou chorou
Para a jaula voltou...
A poesia para criança
É brincar com o que ela mais gosta
Explorando a sua curiosidade
Deixando que ela tenha a sua criatividade...
Foi pensando nisso
Que o grupo VIVENDO CRIANÇA
Foi criado para aguçar a curiosidade
Para levar a criança a ler e entender
Só poesias sem maldade...
Se a criança está sempre em busca de experiências
Curiosos pelo mundo adulto
Vamos nos unir em prol desse novo universo
Brincar com a criança e fazer verso...
O sapo
Procura o lago
O espelho d’água
Na imensidão
No meio da escuridão.
O sapo
Com seus olhos esbugalhados
Mergulha
As águas frias
No sereno da madrugada
Mas sapo é sapo
E ali é a sua morada...
Um pardal folgado
Ninhos de beija flor
Arvores frondosa
Delírios em flor...
Um sabiá cantor
Grito esvoaçante
Silencio suave
Voz vibrante...
Na brisa do amanhecer
Espalhei sorrisos
Colhi a calma
Senti a leveza da alma...
Joguei no mar
Meus anseios
Meus problemas
Colhi perfumes de alfazemas...
Deixei meu sentimento
Viajar no azul do céu
Quem sabe
Se dissipem ao léu...
Joguei meu corpo
Na areia molhada
Em desejos delirei
Na música fui embalada...
Deixei fluir do coração
Os delírios da poesia
Mudei meu jeito de ser
Assim quero viver...
Da melhor forma possível
Nesse lindo ano que se inicia
É novo tempo nova vida
É esperança é alegria...
Irá Rodrigues
Meu gostar
Adoro cheirinho da manha
O canto do galo na madrugada
Gostinho de café com leite
Cheirinho de grama molhada...
Não gosto de mentiras
Falsidade e café sem açúcar
Gosto de gente alegre
Gosto de gente que gosta de gente...
Não sei escrever poesia
Mas degusto com paixão
Numa tigela de morangos
Num suco de tangerina
Ou na fatia de mamão...
Cores de alfazema
Uma bela casinha no campo
Luz do sol janela aberta
É verde que vem do penhasco
Agua fresca do fino riacho...
Ramos de alfazema na janela
Brisa leve a balançar
Na sombra de uma mangueira
Rede armada a te convidar...
Com o ar aromatizado
Deixei o jardim perfumado
Escrevi pra te esse poema
Com as cores da alfazema
Cheiro de mato
Gosto de frutas
Sabor de mel
Balança o vento...
Cai à noite
Adormece o sol
Desperta a lua
Voraz toda nua..
SEM ALTERNATIVA...
Quantas crianças festejam
Ganham presentes viajam
Para outras só a ilusão
Sem mesmo entender a razão...
O que é Dia da Criança?
Se muitas só conhecem a fome
Disposta a lhe atacar
Tendo uma vida sem esperança...
Quantas crianças
Só conhecem a rua
Andam vagando
No mundo da lua...
Sem alternativa
Ou quem olhe por elas
Só lhe resta roubar
Ou nas drogas entrar...blog
SÓ ILUSÃO...
Não sei meu nome
Pai, mãe irmão.
Isso eu não tenho não
Chamam-me de moleque
Aceito... Reclamo não...
Um dia parei em frente a uma loja
Fiquei imaginando
Vestindo uma roupa um sapato
Ganhando um brinquedo
Até usado servia
Para me fazer companhia...
Mais uma vez fui expulso
Sentei no meio fio
Cansado de ser humilhado
Queria um dia ser valorizado...
Quero tão pouco
Quero um lar
Uma roupa
Um sapato
Um brinquedo velho
E um pouco de amor...
A mim
Só resta a dor...
RECANTO e livro
Maria menina
Meiguice de lua
Beleza de sol
Arco íris de cores
Bailado de flores...
Menina peralta
Borboleta saltitante
Bem te vi cantando...
CRIANÇA
O CORAÇÃO NÃO SE CANSA
DE AMAR E AMAR
NO JEITINHO DE SER CRIANÇA
SIMBOLO DE ESPERANÇA...
É CORAÇÃO QUE PULSA
QUE BATE MESMO IMPERFEITO
É CRIANÇA QUE AMA
QUE BRINA NÃO TEM JEITO...FALTA RECANTO
Irá Rodrigues F RECANTO
Do alto do coqueiro
Canta um sabiá faceiro
De panas acinzentadas
Grita em disparada
Mostra-se valente
Pássaro faceiro
Imagine fosse ele
Um galo no poleiro
Acordando
O mundo inteiro...BLOG
F RECANTO
F RECANTO
A festa do poleiro
O galo logo cuidou
Para sua amada comprou
Um laçarote vermelho
Um par de sapatos xadrez
Um vestido de bolinha
Assim ficou encantada
A galinha pedrês...
Criança
Ofereço-te
Um poeminha
Com sabor de mar
Cheiro de lua
Desejos de voar...
Sabor de pêssego
Colhido ao amanhecer
Serenado
Adocicado
Desejando você...
Em cada noite
Em cada dia
Parabéns
Voar na poesia...voar
BLOG RECANTO
DOMINGO
A meninada
Chega animada
Grita na praça
Dar gargalhada...
Come pipoca
Toma sorvete
Solta balão
Deita no chão...
Tarde de ser criança
De gritar bem alto
Ouvir lorotas
Dar cambalhotas...
Saltitante
Correr na grama
Parecem estrelinhas
Cantam
Pisca e encantam...f recanto
Fiquei triste
Voltei ao tempo
Tempo de menina
Sem hora para dormir
Muito menos para acordar...
E se tinha que acordar
Corria mudava os ponteiros
E o pobre do relógio parava
Nem a traz nem a frente andava...
Amava as manhãs radiosas
Quando o dia nascia
E o sol raiava
E se ele não vinha
Eu logo desenhava...
Tempo de meninice
Que sonhava e queria voar
Entrar dentro do arco íris
Na beira do rio parar...
Despertar uma fada
Radiante de todas as cores
Nuvens de algodão doce
Ou simples jardim de flores...f recanto
TEMPO DE VERDE
São flores de tantas cores
Borboletas esvoaçantes
Fazem bailados e piruetas
Em bailados elegantes...
Pousa no canteiro de margarida
Azaleias e jasmim
É só a chuva cair
Elas tratam de fugir...
Mas se é o sol que vem
Começam aparecer
Com tantos coloridos
Não podem se esconder...BLOG E RECANTO
. (.") . (".)
. /█\.../█\
'. | | '. | |ღ╭•⊰✿ •► BOA NOITE! • ღ╭•⊰✿ ♡♥ —
Derramei chuvas de estrelinhas
Aquelas bem sapecas
Assim desciam contentes
Brincaria com a scriancinhas...
Depois
Recolhi floquinhos de nuvens
Fiz montes de algodão doce
Para dar um belo colorido
Roubei do arco íris
Suas lindas cores.
Ai...
Retirei belos sabores
Delicias de caramelos
Chocolates
Tutti frut.
Usei tantas frutas
Que no meio encantei-me
O aroma que delicia!
A vontade é devorar
Ficar quietinha
Para ninguém atrapalhar...
Irá Rodrigues
¸.•°*”˜˜”*°•. ♥
☻/ BOM DIA COM SABOR DE ALEGRIA!
/▌
QUADRA SÃO JOANINAS
Sou menina faceira
Desse São João andante
Que vem quando deseja
Mata o fogo das donzelas
E para o mundo sai errante.
Tomo quentão nem se espante
No forró eu me acabo
Namorar ei coisa boa
Esbanjo formosura a todo canto
Sou a caipirinha mais bela
Dessa noite de são Joao.
E se vejo um belo rapaz
Logo pego em sua mão
Tenho sede e nem bebo
Um golinho de quentão
Mas essa sede danada
Tenho mesmo é de tu.
Na quadrilha se paquera
Os homens nos trajes elegantes
E quando a noite chega
A paquera se anima
Casais se forma
O amasso pega fogo,
Na noite de São Joao
Ninguém fica sozinho
Os de longe chegam perto
O amor fica doidão
E haja folia nessa noite de São Joao.
E vamos saltar fogueira
Ver fogos se pipocar
No forró todos se agarram
É amasso e um agarra doido
Ninguém pode ignorar.
As moças todas prozas
Arruma-se que faz gosto
Boca vermelha carmim
Saia rodada curtinha
Chapéu com flor na cabeça
E as belas pernas roliças
Se exibindo assentadinhas. F recanto
Lagarta
Chega à plantação
Vai devorando agilmente
Folhas e frutas
E tudo que encontra na frente...
Come doce come salgado
Frutinha avermelhada
Como se fosse marmelada...
Arrasa as abobrinhas
Devora as goiabeiras
Lagarta
Assim quem aguenta
Bicha feia e nojenta... f recanto
Nasceu
Uma porquinha
Pelo branquinho
Cara rosada
Gordinha
Engraçada...
Apressada
Ela mama
Não deixa nada
E fica deslumbrada...
Uma porquinha
Sorrateira
Gracinha faceira
Menina ligeira...BLOG
ÀS VEZES - ( Irá Rodrigues)
Sou um livro
Com ilustrações engraçadas
Crio a historia
Faço até palhaçadas...
Choro das trapalhadas
Se acriançada gostar
Conto historia de terror
Deixo arrepiadas...
Se forem boazinhas
Crio historias de fadinhas
Que flutuam como pássaros
Em busca de suas casinhas...
Conto historia no jardim
Sento no chão
Encanto os insetos
Joaninhas
Borboletas
Formigas
E até cupim...
É um esbanjar de cores
Todos juntos fazem a festa
A criançada vira flores
Os insetos tocam tambores...
¸.•°*”˜˜”*°•. ♥
☻/ BOM DIA COM SABOR DE ALEGRIA! F BLOG
/▌
recanto
A lagartixa
De calda longa
Pescoço empinado
Num raio de Sol se espicha
Vaidosa lagartixa...
Esperta indolente
Já cascuda de tão velha
Faz-se até de gente
Quando vir alguém de frente...
Mas logo o medo domina
Olha de lado sai embalada
Eita bicha mais malcriada...
Sanhaço
Um pássaro
Que madruga
Invade o pomar
Para as frutas devorar...
E o menino coitado
Sai ainda cedinho
Querendo pegar as mangas
Mas ele não vai sozinho...
Levando consigo um gato
Que adora passarinho
Nas árvores sobe ligeiro
Mas onda anda esse arteiro...
O sanhaço assovia
Faz cara travessura
As frutas já devoradas
Papo cheio
Que gostosura...
E o sanhaço voa, voa.
Para logo retornar... f recanto
QUERO SER CRIANÇA
Tem gente grande linguaruda
Feito pescoço da girafa
Fala tanta bobagem
Criança não acha graça...
Tem gente tão perfumada
Parece flor se abrindo
Sem pressa dar um sorriso
Criança tem tudo isso...
Tem gente grande tão chata
Que nada de criança acha graça
Quero ser criança amada
Adulto não tá com nada...
A GALINHA DO SEU ZÉ
Nem ovo ela quer mais dar
Mas é só a pata botar
E logo se acha dona
E o ninho quer lhe roubar...
Os ovos que a pata bota
São branquinhos e redondinhos
Onde era que uma galinha
Botaria um ovo assim...
E um dia seu Zé resolveu
A galinha expulsar
Assim ela aprendia
A seus ovos ir botar...
Mas a galinha atrevida
Cuidou logo em responder
Ou me deixam aqui no luxo
Ou greve eu vou fazer...
Irá Rodrigues-PAGINA E RECANTO
MEU PEQUENO BEM TI VI
Assim que o dia raiou
Abri a janela
La estava você
O mais lindo bem te vi
Era assim nas manhas
Pousava sereno envolvente
Cantava com elegância
Um canto frenético eloquente...
Era o Sol aparecer
E ele ali pousava
Na alvorada cantando
Meu lindo bem ti vi
Canta, canta me acordando...
Quem dera fosse cantor
Tão cantante quanto tu
Esbanjava nos palcos
Cantaria teu amor...
Quem dera tivesse eu
Esse canto musical
Nesse jeito faceiro
Cantando no roseiral...
Meu pequeno bem ti vi...
Tem gente
Que na sabe
Ter alegria
Nem mesmo dar gargalhada
Já acorda mal humorada...
Esquece-se
Que sorri faz bem a alma
Que gostoso mesmo
É viver com calma
Nada de ser desesperada...
Bom mesmo é:
É sair nas ruas
Sentar na praça
Comer pipoca
Falar lorota
Esquecefr a hora...
Prefiro
Nem olhar nos olhos
Daqueles que tem medo
De botar para fora
Seus desejos de criança
Que nem acredita na esperança...
Acorda
Esquece esse medo
Vem viver a vida
Escrever poesia
Pintar as letras
Com tinta colorida
Esse é o melhor da vida....
Gostoso é:
Deitar na grama
Ver a chuva caindo
Correr se sujar de lama
Voltar para casa
Toda molhada
Feliz da vida
Com a meninada...
OS GANSOS
No sitio hoje tem festa
É os gansos que vão cantar
A plateia toda animada
Esperam a sua chegada...
E lá vêm os três metidos
Zeca, Zilá e Zeferino.
Tambor na beira do lago
Samba no pé grupo animado
Chegam galinhas patos e marrecos
Os tambores começam a tocar
O ganso Zeca nunca se cansa
A Zilá cai na dança...
ALEGRIA - autoria Irá Rodrigues
Vem toda sapeca
Esbanja sorriso
Do meio das cores
Do cheiro das flores...
Vem das estrelas
Da chuva fininha
Vem de um passarinho
Dormindo no ninho...
Alegria
Vem do riso de uma criança
Da sabedoria de um velho
Do canto do vento
Da passagem do tempo...
Alegria
É despertar com o sol
Ver a lua dormindo
Andar descalço
Sem perder o passo...
Alegria é tanta coisa
Tomar um sorvete
Ri com amigos
Comer pipoca
Esquecer a hora...
BOA NOITE!
http://iraazevedo.blogspot.com.br/ F RECANTO E BLOG
Espanto!
Um garoto espantado
De olhar encantado
Senta-se na praia
Desconfiado
Olha um lado
Olha o outro...
Coloca os pés na água
Envergonhado
Com medo
Levanta
Senta
Brinca na água
Pega um peixinho
Brinca feliz
Solta o bichinho...
E se solta cai no mar
Era seu dia feliz
Um menino
Que via o mar
Pela primeira vez
Sem família sem lar
Ali resolveu ficar...
blog
Invadir minha infância
Com meiguice e esperança
A vida fica colorida
Como sorriso de criança...
Revivo dentro de mim
Bonecas de pano
Balanço na arvore
Que delicia que encanto...
Vejo dentro da memoria
O cheirinho de comida
Pimenta cebola
Um torresmo sequinho
Tudo feito no capricho...
Panela de barro
Fogão a lenha
Cozinha perfeita
Aquela comilança
Mundinho de criança...
Essa vidinha gostosa
Que só no campo se tem
Saudades boas assim
Revivem dentro de mim...
Enviado por irá Rodrigues em 06/11/2012
Código do texto: T3972040
Classificação de conteúdo: seguro
De Irá Rodrigues
06/11/2012
BLOG
TENHO DE TUDO
Meio menina
Um pouco malcriada
Muito mais mulher
Discreta
Atrevida
Serena
Carente
Espirito poético
Meio moleca
Se der sou doce
Se não fico amarga
Uma hora sou a razão
Na outra me perco
Sou a clareza do luar
A escuridão da noite
Sou um jardim florido
Uma simples folha caída
Que o vento arranca
Carrega
Perde-se
Sou o adjetivo da verdade
Derivado de mim mesma
Sou a força gramatical
O verbo perfeito
Descrever
Modificar
Ser
Amar
Identificar
Delirar
Nos poemas de mulher...
Escrito por Irá Rodrigues
28/11/2012
Hoje desejei...
Casa no campo
Vegetação verdinha
Ar puro
Rio corrente
Silencio total
Só o grito da andorinha...
Gado pastando
Galinhas ciscando
Patos no lago mergulhando
Cavalo selado
Passeio flutuando...
Pássaros cantando
Sossego de tudo
Natureza esbanjando
Flores e insetos voando...
Cerca branquinha
Casa arejada
Rede na varanda
Eu preguiçosa largada...
Cozinha cheirosa
Pão fresquinho
Batata assada
Um gostinho de churrasco
Uma bela feijoada...
À tardinha que delicia
Céu nublado
Trovão gritando
Relâmpago brilhando
Chuva caindo
Meu gatinho sorrindo...
Saudade de tempos felizes
Era uma fazenda belíssima
Varanda com janelões
Minha infância uma beleza
Lá nunca vivia só
Ou tinha muitos amigos
Ou o colo da minha vó...
Doce vida que saudade
Tempo bom o que vivi
As margens daquele riacho
De manhã leite quente
Com mel canela ou açúcar
Eram dias de brincadeiras
E notes de cheias de sonhos...
Adorávamos escorregar
Em barrancos empoeirados
E num gostoso sorriso
Um banho na fonte tomava...
E tem coisa mais gostosa
Que frutas tiradas do pé
Goiabas, caju e mangas.
Nos domingos passeio a cavalo
A alegria dos amigos
Até das travessuras
Que não eram poucas eu sei...
E quando o dia raiava
E o sol despontava
Começava tudo de novo
Eram momentos assim
Que deixava a vida feliz...
Mesmo as historias de assombração
Que contavam nas noites sem lua
Minha vida era de sonhos
Feliz vivia o meu coração...
E sempre que disso me lembro
Nem consigo conter a emoção
Os olhos marejam de lagrimas
Bate mais forte meu coração...
Saudade de tempos felizes
De irá rodrigues
Seda e veludo
Encantos do céu
Luz de estrelas
Lágrimas de chuva
Sorriso de anjos
Meiguice de lua...
Beleza de sol
Encanto de mar
Desejo no corpo
Jeitinho de amar...
Canteiro florido
Bailado de flores
Canção da brisa
Encanto...
Leveza de asas
Que flutuam
Exibem-se
Em cores vibrantes
De borboletas saltitantes...
Galope de vento
Folhas caindo
Barulho de aguas
Cascata sangrando...
Gaivota voando
Bem te vi cantando
Rio que transborda
Desejo que acorda...
Hoje
Virei criança
Na areia fiz castelos
Nas águas deixei levar
A dor que trago no peito...
No vento deixei meus sonhos
Vagando por esse mar
Abri espaço nas ondas
Deixei o mar me levar...
Cansada sai do mar
E naquele mundo de paz
Escrevi na areia molhada
As mais delicadas palavras...
Criei castelos de sonhos
Do céu desenhei estrelas
Na areia escrevi teu nome...
Do mar retirei a força
Da magia a pureza
Do amor busquei a certeza
De quem sempre vai te amar...
Que palavra faço a rima
Nesses versos malandros
Se junta palavras ele desfaz
Pega a vírgula corre atrás...
O que faço com a frase
Que escapa saltitando
Pega um ponto faz um conto
E na rua sai gritando...
Nem nome tem os meus versos
Palavras tortinhas rabiscadas
Não rima nem acerta
São frases mal acabadas...
Palavras assim sem sentido
Torna a frase duvidosa
Esse malandro sem jeito
Nem é verso e nem é prosa...
As abelhinhas
Eram cinco amiguinhas
Uma foi sugar as flores
As outras escorregavam
Num arco íris de cores...
Acorda o dia
E todas saem para trabalhar
Uma a uma vai fugindo
E nada de mel fabricar...
Uma brinca nas flores
A outra escorrega nas folhas
A noite voltam cansadas
E dormem relaxadas... BLOG
ARCO ÍRIS
Arrumo meus lápis
Todos enfileirados
Parece um arco íris
Esses meus lápis de giz...
Cada cor faz um traçado
Vermelho desenho flores
Esbanjo em outras cores...
Amarelo eu desenho o sol
Até desenho a lua
E a chuva caindo
Alagando a rua...
Traço letras coloridas
Do papel vejo voar
Borboletas passarinhos
E deixa a poesia ficar...
A borboleta e a brisa
Bem cedinho acorda quer bailar
Vem à brisa assanhada e sopra
Despetalando as flores
Deixando a borboleta sem ar...
Dona brisa sem juízo
Deixa de ser malvada
Eu assim tão pequenina
Não me deixa revoltada...
Mas a brisa nunca quer entender
Eu saio de uma batalha
Presa numa lagarta
Você só vem atrapalhar...
Volta para o mar faz teu reboliço
Deixa em paz essas flores
Ali eu posso bailar
Exibindo minhas cores...
Na fazenda de Zezinho
Tem uma galinha
Metida a madame
Diz-se ser chique
Não se mistura
Com sua raça
Detesta pisar no chão
Se pudesse voava
Inveja o gavião...
Essa galinha acha
Que um dia
Como as outras
Não vai ficar velha
Ou cair na panela...
INOCENCIA DE CRIANÇA
É criança sorrindo
Uma flor se abrindo
Uma estrelinha
Do céu caindo...
É abraço apertado
Um beijinho
Um afago
Coisa boa um carinho...
Acordar cedinho
Olhar aquela carinha
De sapeca
Mimada
Dengosa
Carinhosa...
Inocência de criança
Futuro
Alegria
Esperança...
Hoje
Virei criança
Na areia fiz castelos
Nas águas deixei levar
A dor que tento apagar...
No vento deixei meus sonhos
Vagando por esse mar
Abri espaço nas ondas
Deixei o mar me levar...
Cansada sai do mar
E naquele mundo de paz
Escrevi nas areias molhadas
As mais delicadas palavras...
Criei castelos de sonhos
Do céu desenhei estrelas
Na areia escrevi teu nome...
Veio às ondas apagou...
Do mar retirei a força
Da magia a pureza
Do amor busquei a certeza
De quem sempre vai te amar...
Criança sadia
Adora alimentos naturais
Couve alface
Brócolis e ervilha
Que maravilha.
Quiabos deliciosos
Na salada uma delicia
Fresquinhos ao amanhecer
corram criançada é hora de colher...
E na horta tem de tudo
Serenados tomates cenouras
Couve flor tem muito sabor
E o espinafre verdinho
tudo temperado com amor...
Vegetais e mais vegetais
E tem os grãos
Arros e feijão
Numa bela refeição...
Rabanete vermelhinho
Tudo faz uma bela refeição
Deixa a criançada sadia
E traz muita energia...
Quem dera
Todas as crianças
Fossem felizes
Que fossem esperadas
Com anseios de esperança...
Quem dera
Nenhuma delas fossem
Condenadas escravizadas
Ou mesmo rejeitadas...
Que todas elas
Fossem recebidas
Com amor e oração
Que nunca lhes faltassem
O leite e o pão...
Quem dera...
SORRISO EM FLOR
Crianças brincam no jardim
Parecem flores se abrindo
Tem aquele cheirinho de jasmim
Com sorrisos se exibindo...
Criança é tarde serena faz chover
Chuvas de perfumes e alegria
é pureza na forma de ser
Encanto que vem e nos contagia...
Criança é sonho é luz irradia
É sorriso é amor e ternura
É canção em forma de poesia
É meiguice de candura...
Criança é pássaro
Borboletas que voa
É luz é cor
É sorriso de flor...
No cair da tarde
Canto do bem ti vi
Suave se mistura
Ao som do colibri...
Um jardim secreto
Crianças brincam
Borboletas bailam
Flores desabrocham...
Onde fadas e duendes
Cantam com querubins
Ao som de flautas
Fazem serenatas...
Beija- flor pousa no ninho
Alimenta os filhotes- voam
De flor em flor esvoaçam
Em sussurros encantam
É amor de passarinho...
O macaco Tião
Todo empolgado
Saiu da jaula
Subiu no muro
Olhou o mundo
Deslumbrado
Ficou admirado
Nunca viu algo tão grande
Só vivia num canto apertado...
Pulou inquieto
Olhou de lado
Viu uma árvore
Deu um salto
De galho em galho
Ganhou o mundo...
Amor assim
Feito carinho de passarinho
Que nem precisa tanto assim
É só encher de carinho...
É tanto carinho no ninho
São galhinhos secos
Asinhas entrelaçadas
Criaturinhas ousadas...
De bicos compridos
Perninhas alongadas
Parecem bailarinas
Essas doces meninas...
Sem sorte
Criança faminta
O olhar exala tristeza
No corpo o desanimo
Acorda pela manhã
Nada tem para comer
A noite suspira
Deita no chão
A mãe lamenta
Sua dor não mais aguenta
Chora o pai
Crianças geradas
Que definham
Só pele e osso
Escancaram a boca
Estremecem a vista
Só lhes resta a morte
Sem destino
Sem mão
Sem sorte
Sem nação..
Tati
Uma menina
Que vive na rua
Sai cedinho para vender maçãs
Sem ter escola
Essa é sua vida todas as manhãs...
Não tem ninguém
Sua casa é na calçada
Sua família as estrelas
Olha e sente-se abraçada...
Quando a noite chega
Cansada não tem o que comer
Muitos passam olham
Nem um pão para oferecer...
Tati
Nunca roubou
Mas corre da policia
Por medo da repressão
Para a sociedade
Quem mora na rua
É ladrão...
Mas Tati só quer sobreviver
E ganhar um tostão
Quem sabe amanhã
Tenha o que comer..
Um casal de caipira
Vai conhecer o mar
Ao ver aquele mundo azul
Começa a gritar!
Ôba!
Cegamos na casa da praia
Corre mulher
Põe o maiô
Passa óleo no corpo
Quero me bronzear...
Quero meu boné
O sol tá rachando
Minha careca ardendo
Não fica ai reclamando...
Correm para a areia
Ali armam a barraca
Tem de tudo que possa imaginar
É só se achegar...
Churrasqueira fumegante
Cerveja gelada
Pão com mortadela
Tem até marmelada...
Os caipiras se fartando
A burguesia passando
Admirados olhando...
O caipira todo prosa
Querem amigos
É só sentar e se fartar
Aqui ocês pode sentar..
Vem chegando
A cerveja tá gelada
E a carne tá assando...
Tem pra todo mundo
Pode vim chegando
Num farta nada
Tem arroz na tigela
Na cesta pão com mortadela...
ERA NOITE DE CÉU AZUL
De repente que alegria
No meio de nuvens
Surgia uma estrelinha
Pulava saltitava
Soltava perfumes de primavera
Que estrelinha sapeca...
De repente
Surgiam outras e outras
Parecia de o céu despencar
Eram crianças a brincar...
Elas pulavam
Nas nuvens escorregavam
Uma coisa eu nem sabia
Que em noite escura assim
Estrelas eram crianças
Que riam saltitavam
E faziam estripulia...
DENGOSA
Com esse jeitinho faceiro
Conquista todo mundo
Acha-se gaveta aberta
Logo se mete e ali fica quieta...
A dona chega do colégio
Ela vem logo se enroscando
Mia quer colo carinho
Que dengosa esse docinho...
Dorme o dia todo
A noite anda acordada
Ai seu nome morcega
É metida que chega...
Morcega, você é uma gata.
Manhosa e preguiçosa
O chamego de Giovanna
Sua malandrinha dengosa...
Ainda me acho
Uma garotinha
De tranças longas
Vestido vermelho
E ainda usa aparelho...
Em casa
Sou serelepe criança
Adoro ler gibis
Os atrevidos Tom e Jerry
A ousadia toda prosa
Da Pantera cor de rosa...
À tarde sou menina
Coloco um biquíni
De bolinhas amarelas
Caio na piscina
Nada mais me anima...
Lembranças
Desse tempo passado
Onde se era feliz
Sem tecnologia
Nem momento apressado..
Visitando um jardim
Tem árvores frondozas
Se chove não molha
Parecem casas...
No alto
Passarinhos
Fazem seus ninhos...
Nas pequenas flores
Borboletas
Beija flor
E abelhas
Fazem a festa...
Ali mora uma família
Formigas parecem exercito
Andam enfileiradas
Centopeias passeiam
Exibindo seus pezinhos
Só falta calçar sapatinhos...
As lagartas
De um lado a outro
Cortam folhas
Desfolham
Devoram...
Besouros empoleirados
Parecem carros queibrados...
O gato
Inventou ser cozinheiro
Imagine que confusão
Se na hora aparece um rato
Vai ter chuva de prato...
Um corre daqui
Corre dali
E o gato todo calado
Cozinha todo animado...
Fez um bolo de chocolate
Salpicou de queijo branco
Colocou num lindo prato
E ai convidou o rato...
chegou todo animado
Lambia a língua se deliciava
Não via a hora do lanche
Assim se empanturrava...
ERA UMA MANHÃ
Observava aquele cenário
Dois passarinhos andavam
Alegremente no jardim
Pulavam de galho em galho
No florido jasmim...
E assim fiquei a olhar
A alegria dos passarinhos
Nem o nome eu sabia
Eram pretos e amarelinhos...
E bicavam as frutas frescas
Mangas suculentas
Nem precisam descascar
Com seus bicos afiados
Começam a beliscar...
E todos satisfeitos
Voam de volta ao ninho
Com certeza alimentar
Seus lindos filhotinhos...
Nas manhãs bem serenadas
Bebem as gotas de orvalho
Que passarinhos preguiçosos
Ir ao lago não dar trabalho...
À tarde o calor é grande
Ai não fica sem água
E no lago a encantar
Vai a sede saciar...
Tomam banho batem asas
E de novo no jardim
Estão os passarinhos
Bicam frutas saciam
E logo voam e vão dormir...
O MACACO
Fugiu da jaula
Ganhou o mundo
Subiu na árvore
Contemplou a vida
Pulou de galho em galho
Ficou perdido
Não era seu mundo
Sentou chorou
Para a jaula voltou...
livro BLOG
O ESPETÁCULO VAI COMEÇAR
Esvoaçantes beija-flores
Bailando com sutileza
Entram nas casas a levitar
Deixam seu canto e voltam a voar...
Nas flores da janela
Encostam o longo bico
Beijam com tanto amor
Que sutileza encantada
Esse lindo beija-flor...
Quando chega a primavera
Eles chegam esvoaçantes
O bico de tão longo e fino
Parece que vai quebrar
Quando uma flor ele beijar...
Como é bom
Ser criança
Brincar
Entrar no mundo da fantasia
Deitar na grama
Descobrir nas nuvens
Figuras brincando
Pintar o mundo
Sair gritando
O azul é o céu
O verde a floresta
Amarelo é o ouro
Branco da paz...
Vermelho
É Papai Noel
Passeando
Lá no céu!
O tempo passa
A idade avança
Mas não deixe que morra
O teu sonho de criança...
Criança não tem idade
Cada um traz dentro de si
A inocência e pureza
Sem nunca perder essa beleza...
Deixe que o tempo passe
Veja o mundo numa tela colorida
Onde passa o amor e emoção
Onde ser criança é ter proteção..
Para ser anjo...
Não precisa ter asas
Pode ser um anjo
Levado e traquina
É assim essa menina...
Com essa carinha
De olhar angelical
Riso brilhante
Meiguice sem igual...
Um pouco de anjo
Um pouco criança
Um tudo de esperança...
Isso sim
É ser criança...
O gato
Que era sufista
Pegava ondas
Do mar não saia
Ali mesmo dormia...
E o gato todo faceiro
Quando todos gritavam
Lá vem o sufista
Ele se animava
E nova onda pegava...
Laurinha e o passarinho de estimação
Todos se apaixonavam
Pela doçura da criança
Laurinha era a lembrança
Da verdadeira esperança...
Com suas longas tranças
Laurinha corria livre
Seguida por um passarinho
Voando pelo caminho...
Laurinha cantava e encantava
A quem dela se aproximava
Com esse sorriso meigo
Todo mundo dela gostava...
O tempo passou depressa
Laurinha virou uma mocinha
Mas não perdeu a ternura
Continua uma criança
Com brilho de esperança...
Apenas o passarinho ela resolveu soltar
Cansou de tentar ser amiga de quem só queria voar
Assim ele poderia em outro mundo morar
E ser feliz por quem resolvesse se apixonar...
Tempo bom de criança
Quando voltava da escola
A turminha sabia ri
Das brincadeiras sem maldade
Vida sim de felicidade...
A vida de criança era uma festa
O mundo uma linda fantasia
Nem precisa alegoria
Tudo era motivo de folia...
Hoje tudo mudou
A saudade que ficou
Era mais feliz e não sabia
A gente crescia
Tudo se perdia...
Ficou só lembrança
A hora vai perdendo a magia
O tempo ficou atrás
Nada volta mais
Ou falta que me faz...
De tempos de criança
Onde nada era proibido
Os banhos de riacho
Isso ficou no passado...
O tempo engole os dias
De uma vida de criança
Uma fase de adolescência
Que só ficou a lembrança...
MENINO DESILUDIDO
Marionete nem sei
Eis que fui aprisionado
Nesse mundo largado
Em cordas amarrado...
Lá fora deixei a liberdade
Nem o sol eu vejo mais
Prisioneiro da ilusão
Aqui sozinho na solidão..
É SORRISO DE FLOR
Crianças brincam no jardim
É sorriso colorindo
É cheirinho de jasmim...
Criança serena assim
Inebria faz chover
Chuvas de alegria
Encanto que contagia...
Criança é sonho
É riso é ternura
É amor de candura...
Criança é pássaro
Borboletas que voa
É luz é cor
É sorriso de flor...
No cair da tarde
Canto do bem ti vi
Suave se mistura
Ao som do colibri...
Um jardim secreto
Crianças brincam
Borboletas bailam
Flores desabrocham...
Onde fadas e duendes
Cantam com querubins
Ao som de flautas
Fazem serenatas...
Beija- flor pousa no ninho
Alimenta os filhotes voam
De flor em flor esvoaçam
Em sussurros encantam...
Aquele bom dia!
Um despertar assim
Campos floridos
Lago azul
Mata verde
Jardim perfumado
Flores que dançam
Agitam-se
A natureza festeja
Raia o sol
Atrevido
Encantado
Abre flores
Encanta o ar
Vento que assobia
Acorda os canteiros
Que preguiçosas dormem
Azaleias
Margaridas
E os belos cravos amarelos
Um bom dia todo gostoso
E começar o dia
Com cheiro de mar
Gostinho de amar...
Sentei
Debaixo de uma árvore
Permitir que o silêncio
Envolvesse-me...
Um galho roçava
Suavemente em meus cabelos
Enquanto
Observava a dança de luz
Sobre as folhas caídas...
Aquele murmurar do riacho
Que corria em meio à floresta
A tagarelice de pássaros
Que voavam de galho em galho...
Um encanto
O frescor verdejante de brotos
Se esticando na direção
Da luz do sol...
Aquele respingar
Cintilante de flores amarelas
Que caiam de forma singela...
Suspirei
Precisei ir embora
Uma dor no peito
Vontade de ficar
Para sempre
Nesse lugar...
Mas tudo termina
Preciso voltar...
Brisa vadia
Parecia menina envergonhada
Chegou mansinha
Fez rodopio
E levou minha sombrinha...
Fez-se poderosa
Virou vento sacudiu
Rolou, rolou
E depois sumiu...
Brisa que vem do mar
Que perde o caminho
Faz redemoinho...
Vem aqui trazer de volta
Onde deixou minha sombrinha
A chuva está chegando
Eu aqui me molhando...
Brisa vadia
Salva minha poesia...
✫¸.•°*”˜˜”*°•✫ ✫
..✫¸.•°*”˜˜”*°•.✫ ✫
☻/ღ˚ GOSTOSO SER CRIANÇA <3
/▌ *...ღ •˚ ˚ ✰ •˚* ˚ ★
/ \ ˚. ★
Correr na chuva
Brincar de roda
Caminhar na praia
Catar conchinhas
Fazer colar
E até pulseirinhas...
Sentar no parque
Comer pipoca
Algodão doce
Soltar balões
Verde azul
De todas as cores
Sorri de tudo
Pegar frutas do pé
Comer se lambuzar
Deixar a brisa suave
Despentear os cabelos
Encher de nó
Como raios de sol
Ver brilhar feito ouro
Sair gritando
Bom demais ser criança
Não permitir ser adulta
Viver a esperança...
¸.•°*”˜˜”*°•. ♥
☻/ bj Irá
/▌
A noite chega
Corujas cantam
Unidas se abraçam
Virando asas de uma só...
Pardais desajeitados
Desistem de voar
E pousam na aroeira
Esperando o dia raiar...
Nessa manha
Um pingo de chuva
Caiu solitário
Sorriu parecia criança
Rolou, rolou
Na minha mão ficou
Perecia todo inocente
Querendo voltar pro céu
Brinquei deixei secar
E na palma da minha mão
A sua marquinha ficou
Ali dava um poema
E logo fui escrever
Comecei com frases curtas
Nada saia e na gaveta joguei
E nos sonhos revivi
Um pingo de chuva perdido
Esquecido sem saber
E foi ai que escrevi
Um poema para te
Pingo de chuva que nasce
Encanta a vida
Reveste as flores
Traz vida aos poetas
De forma angelical
E foi assim que nos sonhos
Terminei até o fim...
Faz aniversário
Eu também quero participar
Quem disse que criança
Não sabe comemorar...
Sou o filhotinho do voar
Um espaço para criança
Feito na maior elegância
Aqui se vive a esperança...
Bom de ser criança
É poder se fartar
Nos brigadeiros
E se deliciar...
Parabéns!
Um amor adolescente
Hoje acordei assim
Cantei as canções do vendo
Tive a leveza da brisa
Voei como borboleta
Curtir um grande amor
Realizei...
Hoje acordei
Senti o vento bem leve
Acariciar meu rosto
Vivi aquele momento
Como se estivesse em transe
Fui feliz
Sonhei
Vibrei...
Hoje acordei
Esqueci problemas
Vivi emoções
Deixei as lágrimas
Rolarem livremente
Lagrimas de felicidade
Relaxei...
Hoje acordei disposta
Busquei a felicidade
Sem pensar no amanha
Quero apenas o agora
Viver eternamente
Um amor adolescente...
Imagine
Como a vida seria
Sem tecnologia
Assistindo o tempo passar...
Imagine
Escrevendo rabiscos
Sem cobrar a escrita
Os sentimentos retidos
De tempos perdidos...
Tudo
Viraria fumaça
A poesia lida na praça
Os livros viajando
Por esse mundão afora...
ERA NOITE DE CÉU AZUL
De repente que alegria
No meio de nuvens
Surgia uma estrelinha
Pulava saltitava
Soltava perfumes de primavera
Que estrelinha sapeca...
De repente
Surgiam outras e outras
Parecia de o céu despencar
Eram crianças a brincar...
Elas pulavam
Nas nuvens escorregavam
Uma coisa eu nem sabia
Que em noite escura assim
Estrelas eram crianças
Que riam saltitavam
E faziam estripulia...
DENGOSA
Com esse jeitinho faceiro
Conquista todo mundo
Acha-se gaveta aberta
Logo se mete e ali fica quieta...
A dona chega do colégio
Ela vem logo se enroscando
Mia quer colo carinho
Que dengosa esse docinho...
Dorme o dia todo
A noite anda acordada
Ai seu nome morcega
É metida que chega...
Morcega, você é uma gata.
Manhosa e preguiçosa
O chamego de Giovanna
Sua malandrinha dengosa...
Numa casa à beira da estrada
uma simples criança vivia
sobre uma cadeira de rodas
mesmo assim de vez em quando sorria.
Ele olhava uma criança brincando
ficava sonhando correr e brincar
sua mãe com carinho dizia:
meu filho um dia Jesus vem te cura
Virei criança
Na areia fiz castelos
Nas aguas deixei levar
No vento perdi meus sonhos
Vagando por esse mar...
Abri espaço nas ondas
Deixei o mar me levar
Cansada voltei das ondas
E naquele mundo de paz
Escrevi na areia molhada
Palavras para te encantar...
Criei castelos de sonhos
Do céu desenhei estrelas
Com conchinhas escrevi teu nome
Do mar retirei a força
Da magia a pureza
Do amor busquei a certeza
De quem sempre vai te encantar...
O estranho
Era um homem barbudo e tão cabeludo
Tinha até cabelos nas mãos e nas orelhas
De tão branco que eram seus cabelos
Misturava-se com as ovelhas...
Tinha os olhos afundados
A cara empapuçada
Parecia uma alma penada...
De tão feio que era
Com um bigode de foca
E roncava tão feio
Parecia com uma porca...
Nas estradas ele andava
De saco nas costas
Qual criança encontrava
E logo não se assombrava...
O tempo passa quem não se lembra
Daquele homem esquisito
Hoje se foi virou uma lenda
Falava tão alto dando grito...
Assombrndo as crincinhas
Até eu mesma corria
Quando na estrada ele aparecia
Puxando sua carrocinha....
Lembranças que voltam
O RATO
Fez um barulho
Parecia um batalhão
De tanto era a confusão...
Saiu do telhado
Caiu na cozinha
Dizendo ele
Morava na vizinha...
Bichinho esquisito
Parece sorrir
Sai assim do nada
Faz a maior trapalhada...
Meu amigo cantor
Quem te conhece sabe
Que canta por ser feliz
Que voa aonde quer
É volta quando quiser...
Água fresca não te falta
Ração não deixo faltar
Mesmo livre ele volta
Para se alimentar...
Meu amigo passarinho
Deus fez para voar
É livre e pode ir
Mas sempre ele quer voltar...
SER CRIANÇA
É tão importante
Que foi instituído em sua homenagem
O dia, semana e mês da criança.
Direito da criança proclamado pela ONU
Um direito assegurado pela nossa Constituição
Só ali no papel a criança terá proteção.
Mas e ai uma grande questão
Onde estão essas leis
Que não cumprem como deveria
Se a criança é desrespeitada
Nessa vida abandonada...
Pela lei criança tinha assegurada
-Saúde, educação, lar e lazer
O que se ver são crianças sendo exploradas
Pela família e pela sociedade
Muitas são maltratadas e humilhadas...
Se criança é o futuro de amanhã
E onde está o direito dela crescer
Com proteção respeito e dignidade
Tema esquecido pela sociedade...
Criança é anjo precisa de amor
Não a negligencia crueldade e exploração
Criança precisa de educação...
Que bom ser criança
Se acordar com vontade
Fuja da vida
Seja criança
Sonhe
Brinque
Esbanje seu melhor sorriso
Coloque shortinho
Faça o que quer
Se levar bronca
Liga não
Seja doce
Não deixe de ri
Corra na rua
Balance a vida
Se lambuze
Coma brigadeiro
Sem pensar em colher
Tome sorvetes comendo pipocas
Hum!
Nem ligue se sujou
É criança
Durma contente...
LANCHE DA GAROTADA
E a turma fica animada
Tem suco e tem rabanada
Queijo com goiabada
E tem banana caramelada...
À tardinha a turma cansada
Chega à noite toda apressada
É tempo de invernada
Melhor ficar bem agasalhada...
A caminha a esperar
E o sono nada de chegar
A chuva no telhado a dançar
A meninada só quer conversas..,
Ainda é madrugada
A garotada toda acordada
E a chuva que não faz uma parada
Deixando a rua encharcada...
E o dia acorda
Lá fora é só chuvarada
Melhor para a garotada
É fazer palavra cruzada
Ou escrever poesia rimada...
Oba!
É festa é folia
Tem brigadeiro balões coloridos
Tem bolo tem refrigerante
Tem criança elegante...
Tem bailinho animado
Pipoca, sorvete - vamos lá.
São tantas guloseimas
Quero mesmo me fartar...
É Leonel fazendo aniversário
Tem chuvas de felicidades
Tempestades de parabéns
De amigos que te querem bem....
ABELHINHA GIGI
Voa de flor em flor
Colhe o pólen
Enche o potinho
Sempre com muito carinho...
E voa, voa ligeirinho.
Essa abelhinha Gigi
Com asinhas de cetim
Ela voa nas flores do jardim...
A noite chega cansada
Mas ela não vai dormir
A abelhinha é mesmo uma folia
Olha ela escrevendo uma poesia...
Rabisca e remenda versos
Descrevendo o sei dia
Busca no verso o reverso
Fala de flores e de alegria...
E assim a abelhinha Gigi
Com euforia termina seu dia
Mas antes de ir dormir
Chama todos e declama a sua poesia...
Aplausos daqui, gritinhos dali
Todos se encantam com a poesia
E assim dorme feliz a abelhinha Gigi
Para uma nova jornada do dia...
Olha que coisa gostosa
Um abraço bem apertado
Mesmo que seja assim suado
E esse beijo molhado
Com gosto de quero mais
Teu carinho me satisfaz...
Esse sorriso cativante
De um homenzinho elegante
Brincalhão irrequieto
Parece um bem ti vi
Voando a céu aberto...
Esse menino levado
Brinca o dia inteiro
Corre por todo espaço
E nunca se diz cansado...
Quero meu mundo de volta!
O macaco foi resgatado
Saiu do mato onde foi criado
Veio viver no asfalto
No barulho dos carros...
E o macaco se estressava
Sirenes apitando
Barulho ensurdecedor
Não estava mais aguentando...
Um dia ele acorda irado
Tiraram-me da minha morada
Onde lá vivem meu povo
Lá é mundo que Deus criou
Aqui foi o homem que inventou...
Quero meu mundo de volta
Só para você
Que adora me ler
Colhi braçadas de flores
Nos desejos mais doces
Escolhi as mais belas cores...
Desejo que sua noite
Seja um belo passeio nas nuvens
Uma viagem nas estrelas...
Que o amanhecer
Traga-te caricias de brisa
Tocando teu rosto
Um café delicioso
Com tudo que tem direito...
Ah! Se precisar de um abraço
Vira de lado
Dar aquele sorriso
Ali estar os melhores braços
Para te abrigar...
Tenha a mais linda quinta feira!
A poesia de Mariquinha
A menina sonhadora
Soprava palavras ao vento
Deixando soltas no ar
A brisa se encarregava
Da poesia se formar...
E assim a menina
Poderia comemorar
Chegava o grande dia
Lançava ali na floresta
O seu livro de poesia...
A euforia era grande
O beija-flor gritando
Preciso telefonar
Ou a pomba vai se atrasar...
A hora estava chegando
Já estava ali o correio e o jornal
O radio e a televisão
Nesse momento sensacional...
E na foto principal
Todos queriam participar
Quando entrou a menina
Em seu momento triunfal...
Amelinha
Era uma professora que declamava
O alfabeto de forma engraçada
A criançada ficava empolgada
E todos aprendiam o que ela recitava...
Vamos lá aprender a declamar
Ave- animalzinho que anda a voar
Tem bico tem pena tem asa
Tem ninho e tem casa
Quem vai adivinhar?
Bem-te-vi! É bem bonitinho
Com seu canto de alegria
Bem-te-vi, eu bem te vi
Declamava a sua poesia...
Cachorro que late e morde
Cada um tem sua raça
Cachorro pequeno e grande
E até o cão vira-lata...
Dendê frutinha bem dura
Ninguém consegue quebrar
Só o morcego que chupa
Quando ela fica madura...
Elefante com seus filhotinhos
Toma banho e a água se espalha
Faz a festa no laguinho
Vem à formiga e atrapalha...
FUI LÁ AO PASSADO
E numa tarde risonha
Na rua passava o palhaço
Respeitável publico: hoje tem espetáculo!
E repetia: tem sim senhor!
E voltam lindas lembranças
Daquela serelepe criança
Como todos me chamavam
E brincavam com minhas tranças...
Vestiam-me bem comportada
Lacinho de fita nos cabelos
Meia branca, sapato vermelho
Eu nem me reconhecia
Quando olhava no espelho...
Gostava mesmo era de shortinho
Camiseta larga bem a vontade
Assim meio rebelde- mas feliz
Do jeito que sempre quis...
Meio moleque meio sapeca
Gostava mesmo era ir ao circo
Ficar bem pertinho do palhaço
Ri gargalhar e ser feliz...
Irá Rodrigue
Infância
Eu hoje acordei com saudades
Chorei ao relembrar
Da infância que tive
Dos momentos vividos
Dela só sinto falta
Se na noite fico sozinha
Recordo de tudo passado
Lembranças carinhosas das bonecas esquecidas
Na memoria da vida
O tempo ficou atrás
As lembranças se perpetuam
Nos sonhos revivemos as recordações
Os amigos da infância
Os brinquedos esquecidos
Aquele gatinho querido
De tudo que foi passado
E tudo que vira presente
Só restam as lembranças..
A REVOLTA DO TOMATE E SEUS AMIGOS...
Era uma vez no meio de uma horta os amigos se sentiam abandonados.
Os três olhavam de lado, seus amigos foram colhidos e eles ficavam triste e se perguntavam:
-- Fui aqui abandonado e nem os passarinhos vieram me bicar, só por que a chuva caiu e me sujei com a terra que pulava quando as gotas batiam no solo- Queixava-se o tomate meio deixando duas lágrimas descerem dos seus olhinhos...
-- E eu meu amigo só porque o sol esquentou e me sapecou, olham como se eu não servisse para mais nada e saíram abandonando-me- disse o pimentão todo vermelhinho de raiva...
-- Pior de tudo sou eu, um repolho todo formoso, só porque umas lagartinhas esfomeadas picaram algumas folhas eles acharam que eu não servia mais´para ser usado e me pisaram- Ó vida! exclamou o repolho.
Nesse instante uma nuvenzinha alegremente começa a animar os três.
-- Não fiquem tristes amiguinhos, o tomate e o pimentão logo deixarão suas sementes no chão e novas plantinhas irão brotar, frutas lindas vão dar e podem serem colhidos e saboreadas por muitas criancinhas que precisam se alimentarem de belas verduras.
Meu caro repolho, você vai alimentar um grupo de lagartas esfomeadas que estão chegando, não fique triste irá fazer uma boa ação.
E dizendo isso a nuvenzinha sumiu entre as nuvens mães que passeavam pelo céu.
O tomate que era o mais velho ficou olhando o céu e pensando quem dera fosse eu uma nuvenzinha e nunca um tomate abandonado por que ficou velho...
OS PATINHOS
Era uma vez um grupo de patinhos que viviam presos num pequeno espaço, os irmãozinhos andavam tristes pior que passarinho preso na gaiola.
Um dia seu Joaquim o dono do sitio se descuidou e deixou a porta aberta e cansados de viverem ali resolveram dar um passeio. Foi aquela animação as asinhas batiam, espichavam as perninhas, davam passinhos ensaiando seu primeiro passeio, os olhinhos faiscavam de felicidade era a primeira vez que saiam daquele lugar.
E todos os sete patinhos correram para o lago e foi aquela festa nadavam mergulhavam sorriam felizes feito crianças aventureiras a tardinha já cansados retornaram e ficaram bem comportadinhos a espera do dono.
E quando ele chegou olhou abismado, achou estranho ter esquecido a porta aberta e todos os patinhos estavam ali sem saírem do lugar.
estou orgulhoso de todos de hoje em diante não trancarei mais a porta pois sei que não sairiam com medo de serem devorados por um animal faminto.
E assim o seu Joaquim fez, alimentou os patinhos e deixou a porta aberta. Os patinhos se olharam e trataram de dormir, o dia seguinte seria mais uma festa e logo cedinho lá se foram para o lago, era assim todos os dias e só voltavam quando a cansados e ficavam todos bem comportadinhos com carinhas de inocentes espera que seu dono viessem alimentarem...
A TARTARUGA DA CIDADE
Era uma vez uma tartaruga que sempre viveu na cidade pois tinha sido resgatada por um menino quando ainda era muito pequena. Um dia resolve ir até a floresta visitar os seus familiares.
Chegando lá encontrou a tartaruga velha mãe de todas as outras tartarugas da floresta, ali viviam felizes e se alimentavam de raízes, frutas e folhas.
A tartaruga que sempre viveu na cidade se recusou a comer aquilo e se exibia em dizer que sua alimentação era de frutas frescas e legumes geladinhos e sucos.
Todos ali na floresta eram livres, indo e voltando onde desejassem e não estavam gostando daquela tartarugazinha metida a esnobe e resolveram todos juntos que iriam falar com ela, ou se acostumava com aquela vida de costumes naturais ou então que fosse embora para sua vidinha de rica da cidade.
E assim o fizeram, colocaram a tartaruga metida numa roda e foram logo dizendo tudo que desejavam mostrar a ela o que era ser livre e viver entre seus familiares.
A tartaruga da cidade pensou, pensou e decidiu que melhor viver ali entre seus familiares comendo de tudo que era alimentação de tartaruga ou irai embora viver numa caixa dentro de um espaço pequeno e se alimentando com comida de gente metida.
E assim aquela noite fizeram uma festança para comemorar a nova vida da tartaruga da cidade, que agora seria mais uma tartaruguinha do campo..
Olhem
Uma cadela mimada
Inventa de ser amiga
De uma rata metida
E uma pulga atrevida...
E na rua a passear
Encontram uma folia
Chegava o circo
Trazendo alegria...
Palhaços coloridos
Gritavam se exibindo
A cadela acompanhava
Junto da bicharada...
Nas costas levava a rata
Que cuidou de colocar
A pulga metida
Para não atrapalhar...
Que saudade
da vida na fazenda
quando em noite escura
pegavamos vagalumes
aquelas luzinhas azuis
que piscavam, piscavam
pareciam olhinhos
de gatos ou coelhinhos
ou quem sabe aquelas luzinhas
eram meninas estrelinhas
que na terra viravam vagalumes
quando o dia raiava subiam
e no céu adormeciam.
A garça
Uma ave branquinha
Só andam em bando
Nunca sozinha..
O pescoço comprido
De pernas longas
Penas são plumas
Algodão ou espuma...
Que o vento balança
Sem pressa caminham
A tardinha o bando voa
Para na manha retornar...
Na beira do rio
Parece uma nuvem branca
Nas árvores fazer seu poso
Adormecem em repouso...
Irá Rodrigues
DIRETORA INTERNACIONAL DA DIVISÃO DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL
Todas as minhas
poesias tem registro na Biblioteca Nacional. Portanto respeite os
direitos autorais em conformidade com a lei que os regulamenta.
Como também estão publicados no Recanto das Letras confira link...