segunda-feira, 16 de março de 2015

poeminhas infantil


DONA MINHOCA 

 Depois da chuvarada
Saiu na praça
Não vestiu a capa
Ficou encharcada...

Tremeu de frio
Na rua fazia buraco
Queria cavar
Mas era asfalto...

E a pobre da minhoca
Ficou machucada
De tanta escavada...

Já meio tontinha
Resolveu dormir
Agasalhou-se
Apressadinha...

Enfiou-se
Embaixo do lixo
Ficou a coitadinha
Num canto da pracinha...

O lixeiro sem saber
Recolheu tudo
A pobre da minhoca
Dormindo a roncar     
Sem saber onde irá parar...

DONA GANSA VAI AO PARQUE

Era dia de festa na praça
A gansa coitada
Foi subir no balanço
Escorregou caiu no banco...

Foi uma folia
Todos deram gargalhadas
Quem iria ter pena
De uma gansa pequena...

Dona gansa era sozinha
Nem namorado tinha
Enfeitava-se se perfumava
Mas ninguém lhe olhava...

E dona gansa coitada
Fica a espera na janela
De arranjar um marido
E assim não ser donzela...



BEM NO MEIO DA FLORESTA

A bicharada enlouqueceu
O macaco com seu tambor
Grita que é cantor
E a cigarra coitada
Canta toda desanimada...

E a bicharada se aproximando
Começam logo ensaiando
A macaca chega mancando
E todos ficam falando...

Na orquestra da floresta
A zebra ensaiar
Vestiu um vestido listrado
E começa a ordenar...

Logo chega o elefante com seu trombone
O jacaré enfezado  tocando sua flauta
Um bando de passarinhos
Tocando seus cavaquinhos...

Engraçado foi o urso tocando seu violão
A marchinha vinha atrás era só  animação
A foca com seu bigodão
Abria seu vozeirão...



Camundongo folgado

 Esse bichinho humilde
Com olhos esbugalhados
Ri mostra os dentes
Se acha todo contente...

Ajeita-se na varanda
Pula se sacode
Coloca a cabeça pra fora
Olha assustado
Meio impaciente
Com medo que venha gente...

Remexe no lixo
Encontra pão mortadela
Queijo
Até farelos de bolo
Deu uma cambalhota
Aquilo não era um lanche
Era um banquete inteiro...

Olha de lado, olha do outro.
Nem sabe se saboreia
Ou se engole a própria ansiedade
Tamanha era a sua vontade...
Empanturrado
Adormece fora do buraco
Camundongo folgado...



COITADA DA TARTARUGA

Velha enrugada
Acha-se mocinha
E se alguém duvidar
Causa-lhe uma briga
Daquelas de acabar...

Mas que idade ela tem
O corpo de carapaça
O pescoço cheio de ruga
Deve ter quase cem...

As pernas verruguentas
Quem olha não se aguenta
Essa velha tartaruga
Só se lamenta...

De velha anda se arrastando
Uma lesma anda mais rápido
Numa corrida até o caracol
Sai na frente ai que dó....



CORRIDA DOS SAPOS

Os sapos se reuniram
Para a corrida esperada
Todos com seus uniformes
Esperando o sinal de largada...

 As roupas eram bem engraçadas
O mais velho gordo e barrigudo
Vestia um macacão listrado
Com o olho esbugalhado...

Tinha sapo de todo canto
A bicharada gargalhava
Os sapos gritavam
Os esquilos só olhavam...

E saem em disparada
Ao redor a multidão gritava
Começa a competição
E a corrida continuava...

Sempre tem um espertinho
O sapo de roupa listrada
Sem vergonha como é
Foi por outra estrada...

La o vem afobado
E o resto onde se enfiou
Gritava a multidão
Sem entender a razão...

E logo chega os outros sapos
Vendo a safadeza quer mesmo se vingar
Pega o sapo pelas pernas
E começam a gritar!

Vamos jogar esse malandro no poço
De lá ele não mais vai sair
E o sapo chorando implorava
Deixo o lago pra vocês e vou de vez sumir...
                                                                                  
E assim ficou decidido
O sapo espertalhão
Sumiria da região
Ou acabaria expulso do ribeirão..








CALANGO APRESSADO

Acorda já atrasado
Quer chegar ao lugar marcado
Corre, corre
Perde o trem
Atravessa a rua
Não olha de lado
É atropelado...

Saiu de casa correndo
Nem se viu no espelho
Um pé sandália rasteira
O outro sapato vermelho...

Com toda essa pressa
Levanta sacode a poeira
Engole o choro
Olha de um lado e do outro
E sai na carreira...









CERTA VEZ

Três amigas baratas
Uma solteirona
Que só queria casar
Mas era muito comilona...

A outra desengonçada
Só gostava de rezar
Casar era pecado
Nem pensar...

E tinha a Mafalda
Metida e orgulhosa
Quem quisesse sua pata
Tinha que ter ouro e prata...

E assim as três amigas
Viviam levando a vida
Uma envergonhada
A outra metida e debochada
E a outra encalhada...





COELHINHOS


Vejam que euforia acordaram esses coelhinhos
Andam todos apressadinhos
Nem sabem onde querem chegar
 Orelhudos e barrigudinhos...

 Os coelhinhos esfomeados
Comem tudo com sabor
Capim vira sorvete
Cenoura o seu banquete...

Sabe que as orelhinhas compridas
É que o coelho é  inteligente
Tem dois dentões afinadinhos
E os pelos todos branquinhos...

Olhando o céu até penso
Que vieram lá das nuvens
Saltitando assim contente
Indo para traz e para frente...

E a páscoa chegando
Os coelhinhos ficam felizes
Sai da toca vai a horta
Colhe cenoura se empanturra
E barriguinha se estufa...

E os coelhinhos invadiram
As crianças gritam e pulam
Tragam logo meus ovinhos
Eu quero bem gostosinho...







CADA UM NO SEU LUGAR


Tem porquinho no chiqueiro
Gritando o dia inteiro
Tem cachorro latindo
E gato se exibindo...

Tem morcegos voando
Passarinhos cantando
Borboleta esvoaçando
E criança brincando...

Um vira lata preguiçoso
Dormindo na calçada
Uma girafa esquisita
Esticando o pescoço...

Tem um peru meio tonto
Rodando feito pião
Fazendo roda na rua
Se exibindo para a perua...

E assim se encontram na praça
Um cachorro vira lata dizendo que era de raça
Um com cara de bravo só sabe morder o rabo
Com  ataque de pulga e de carrapato...    



 DANÇA NA HORTA

Uma a uma elas desfilam
No meio da noite um alvoroço
Na manha ficam quietinhas
Meninas assentadinhas...

E começa a beterraba
Toda vestida de roxo
Laçarote vermelho
Preso no cabelo...

E vem o repolho
Saia de babado
Sandália de salto
Cabelo trançado...

O tomate envergonhado
Chega todo vermelho
De boca carnuda
Olhar profundo
Se olhando no espelho...

E logo vem a moçada
Agitando a garotada
Cenoura toda loira
E o nabo todo atrapalhado...

O quiabo
Magrelo
Chega correndo
Nem calça o chinelo...

O pimentão coitado
Traz na mão uma flor
Dizendo ser mais bonito
E que é o vencedor...



Dedé

O ratinho está doente
Morrendo de dor de dente
O remédio era arrancar
Mas o ratinho
Não parava de chorar...


O gato todo maldoso
Começava a desdenhar
O ratinho medrosinho
Banguelinha  vai ficar...

O ratinho gemia, gemia.
Quanto mais o gato miava
O seu dentinho doía
Numa verdadeira agonia...

Rói aquele sapato velho
De tão duro que é
O teu dente vai se soltar
Assim cantava o sabiá...

O cachorro sempre amigo
Achou logo a solução
Vou amarrar esse dente
Na ponta de um cordão...

O ratinho tremia de medo
O dente não parava de doer
Ou deixava o cachorro ajudar
Ou continuava a sofrer...

E assim fez o amigo
Amarrou, esticou – e bum!
O dentinho malvado
Foi parar no telhado...



DONA ARANHA

Estava toda metida
Se arrumando para sair
Sentiu dor nos pés
Mas não quis desistir...

Era um calçar de sapato
Um folgado
Outro apertado...

Calçava um de salto
O outro esquecia
E ai saia mancando
Na maior agonia...

A aranha reclamava
Queria ganhar o concurso
Mas como iria andar
Mancava-se para danar...

No fim arrancou todos
Sem sapatos resolveu ficar
Calçou meias colocou tamanco
Só queria mesmo ganhar...

Dona aranha é mesmo engraçada
Quem votaria nela assim
Toda descabelada
Sem sapatos de cetim...




A DISPUTA NA FLORESTA


O leão era o professor
O elefante doutor
O veado era advogado
Tinha até governador...

O bode era o secretário
A perua diretora
E assim era a disputa
Quem mandava na prefeitura...

O prefeito era a tartaruga
De molenga nada fazia
Quem mandava era a cotovia
O prefeito nada sabia...

O dono da cidade era o macaco
Sempre era o mais esperto
Dona zebra e o coelho
não saiam do espelho...





DOIS MACAQUINHOS

Metidos a espertinhos
Fogem da mamãezinha
Vem aqui dizer bom dia
Os dois abraçadinhos...

Bom dia meninada
Um abraço ao bem-te-vi
Beijinhos aos passarinhos
Que dormem em seus ninhos...

E vocês criançada
O nosso abracinho
Bem apertadinho
Com todo nosso carinho...

Aqui vamos voltar
Bem depressa e escondidinho
Antes que a mamãe
Faça-nos de picadinhos...









DENTUÇO

Um esquilo
Todo metido
Acordou se espreguiçou
Escovou os dentes
Um coquinho devorou...

Numa gota de água
A mão lavou
Saltitou, saltitou
Outro esquilo encontrou...

O esquilo é mesmo engraçado
Era o dia despertar
Na palmeira ele subia
Para coquinhos devorar...

Dona Julieta

   Apressada vai a feira
De tudo um pouco vai comprar
Laranja, melancia
Abacate e maracujá...

Compra abacaxi , tangerina
Banana bem madurinha
 Morango melão e limão
Não se esquece do mamão...

Para a salada de frutas
Falta manga e maçã
Uva goiaba e melancia
O que faltar
Na feira ela vai voltar...

Legumes e verduras
Também tem que levar
Tomate, berinjela
Até cravo e canela...





Dona Zefa

Mora no pé da serra
Cria galinha  porco e ovelha
Cria uma vaca mocha
Coitadinha sem a orelha,,,

A velha tem uma horta
Acorda cedinho para colher
Tomate madurinho
Pimenta para escolher...

Tem folhas verdes viçosas
Tem jiló tem berinjela
A beterraba vermelhinha
A cenoura laranjinha...

Tem de 5tudo na horta da Zefa
Tem até quiabo de metro
Pimentão amarelo vermelho e verde
Tem couve e rabanete...

E dona Zefa cuida da terra
E planta com perfeição
Lá na horta tem de tudo
Para uma bela refeição...




ERA UMA VEZ...

Numa casa velha assombrada
Umas sapecas bruxinhas
Voavam  sobre o jardim
Assombrando  as criancinhas...

Não faziam maldades
Só queriam brincar
Uma vez que as bruxinhas
Eram umas menininhas...

No caldeirão escaldante
Gritava a bruxinha faceira
Joguem sapos e beija flor
O feitiço do amor...

E as nuvens lá no céu
Logo ficaram pesadas
E uma chuva forte
Caiu em disparada...

As bruxinhas que não são tolas
Correram a se abrigarem
Era hora das menininhas
Nas suas caminhas ficarem...










FULECO E O NOVELO


Vovó Maricota
Na cadeira de balanço
Tricotando
E o gato bagunçando...

No cesto os novelos de lã
Bem embaixo da mesinha
A vovó tricotava
E nem via o que o gato aprontava...

Esse  gato Fuleco
Que parece um moleque
Pega os novelos
Embola e se enrola...

Acha graça
Pega o verde
Corre faz aquela bagunça
Fica todo atrapalhado...

E ai as outras cores
Uma a uma se desenrolam
 No gato malandrinho
Elas se enroscam...

E agora
Coitada da vó Maricota
Sua lã se perdeu
Mas o danado do gato
Todo enrolado
Começa a miar
Querendo se soltar...


GRILO ATRAPALHADO

Pula daqui pula dali
Foge do gato
Entra no sapato...

Olha desconfiado
Sai de mansinho
E canta invadindo
O sono do gato dormindo...

E ai foi àquela confusão
O gato ficou irado
O que achou destruiu
Queria acabar com o grilo
Mas o espertinho fugiu...

E bem longe ele voltou
A sua chata cantoria
Adeus o sono do gato
Que sentado esperava
Enquanto o dia raiva...

Ai sim ele poderia dormir
Tranquilo sem ser abusado
Pois grilo dorme no dia
A noite faz sua cantoria...

Mas o gato estava decidido
Se aquele grilo ele pegar
Tenho pena do coitadinho
Vai lhe fazer picadinho.






Hoje tem
Festança no terreiro
Os convidados chegando
vai ser animação o dia inteiro
Todos  animados cantando...

E logo chega o galo afobado
Fazendo aquela confusão
Os outros começaram a perguntar
O que estava saindo errado?

Para não contrariar o amigo
começaram a confuão
Batendo as asas grita o pavão
minha turma está contigo...

e grita o porco metido
Só como farelo de milho
O pato se achando o bom
Exige comer vegetais
As galinhas cacarejavam
E só reclamavam...

Sem saber o que achavam
O peru subiu na mesa
Deu um grito
Glu... glu... glu...
Fora daqui seus urubus...

O silencio foi total
- Olha aqui seus abelhudos
A festança  é minha
Fica aqui quem desejar
Ou podem se retirar...

O banquete está servido
Gostou comeu
Não gostou azar o seu.

Ninguém falava mais nada
A comida  foi devorada
E assim a festança do terreiro
Foi até a madrugada...






JACARÉ PÉ DE CHULÉ

Parado na beira do lago
Só sabia reclamar
A falta de dona  Jacaroa
Com quem queria se casar...


 Num canto os peixes disputavam
Para ver quem se salvava
Da cara feia do jacaré
O furioso pé de chulé...


O sapo com medo da cara feia
Resolveu ir perguntar
Por que fica ai parado
Com cara de mal humorado?

Melhor me deixar em paz
Não venha me aperrear
Se assanhar minha fome
É você que vou devorar...

O sapo que bobo não é
Esbugalhou os olhos
Apressou os passos no pulo
Melhor fugir e dar no pé
Ou ser devorado pelo jacaré
O temido pé de chulé...











LUTA DO SAPO

Na doida correria
As águas tropeçam
Em troncos e pedras
E o sapo naquela agonia...

Malditas rajadas de vento
Que encapelam as águas
E o sapo chorava e nadava
Perdeu-se da sua namorada...

O pobre lutava dava braçadas
Perdia o folego desesperava
Mais distante ficava...

A noite não tardaria a chegar
De tanto chorar e sem forças
Deixou à correnteza lhe levar...

O resto conto depois...

















FALSO GALO

Zeferino cantava de galo
Fingia ser dono
De todo galinheiro
Imagine se esse galo
 Tivesse dinheiro...

Mesmo pobre
Cantava alto
Mas era falso
A crista de Zeferino
Era postiço seu penacho...

Fala de galo
Canto faceiro
Era mesmo um falsário
Nada mais que um pato
Se fingindo de galo...

Zeferino não tem jeito
Tem todos os defeitos
Mas as galinhas assanhadas
Acham-se enamoradas...

E Zeferino que bobo ele não é
Acorda cedinho sobe no poleiro
Canta   quá,  quá,  quá
Enche-se de ousadia se fazendo de fazendeiro...

Na falta de um galo de respeito
Até o pato se faz coronel
Vem dar uma olhada
O pato e a galinha
É mesmo palhaçada...








FALSO GALO

Zeferino cantava de galo
Fingia ser dono
De todo galinheiro
Imagine se esse galo
 Tivesse dinheiro...

Mesmo pobre
Cantava alto
Mas era falso
A crista de Zeferino
Era postiço seu penacho...

Fala de galo
Canto faceiro
Era mesmo um falsário
Nada mais que um pato
Se fingindo de galo...

Zeferino não tem jeito
Tem todos os defeitos
Mas as galinhas assanhadas
Acham-se enamoradas...

E Zeferino que bobo ele não é
Acorda cedinho sobe no poleiro
Canta   quá,  quá,  quá
Enche-se de ousadia se fazendo de fazendeiro...

Na falta de um galo de respeito
Até o pato se faz coronel
Vem dar uma olhada
O pato e a galinha
É mesmo palhaçada...













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