LAGARTIXA DEVORADORA
Era uma vez uma lagartixa deita ao sol se espicha, vê a mosquinha despercebida estira a língua e engole...
Satisfeita a lagartixa deita se espreguiça, relaxa de barriga cheia, mas a mosquinha que não é nada boba, espera a devoradora dormir e logo que ouve seu ronco aproveita a boca aberta e sai pela garganta voando apavorada, se sacode e vai embora para bem longe daquela coisa nojenta, cansada deita numa folha se ajeita e fica a observar, logo a lagartixa acorda espreguiça. - que fome... Exclama! Alisando a barriga!. Mas ao ouvir as gargalhadas vira e se depara com a mosquinha que livre se livrou, a lagartixa revoltada corre querendo pegar, mas a mosquinha esperta voa para longe e deixa a lagartixa de olhos e boca aberta...
Ser devorada nunca mais... Gritou a mosquinha.
Moral da história- não menospreze a inteligência do outro...
Ler um bom livro
É gostoso e faz bem
A gente entra na história
Viaja no mundo da fantasia
E faz parte da poesia...
Ler faz bem ao espirito
Tem letras nas folhas caídas
Tem frases nas estrelas do céu
Tem até um poeminha com sabor de mel...
Tem palavras vagando na rua
Tem poesia brincando na lua
Tem historias nas ondas do mar
Perdidas a navegar...
Leitura tem sabores
Uva com abacaxi
Morango com framboesa
Tem até laranja misturada com kiwi...
Quem não gosta de ler
O canto do passarinho
Quando desperta gritando
E o dia anunciando...
E o vento quando assobia
Faz aquela sinfonia
Parece a poesia
Vibrando de alegria...
MONSTRINHOS QUE ABUSAM
Os pardais vadios
Não sei qual o motivo
Que abandonam os campos
Invadem telhados
bichinhos atrapalhados...
Fazem aquela bagunça
E nem são brasileiros
Esses monstrinhos bagunceiros...
Tem tantos passarinhos
Bem mais comportadinhos
Têm brancas e avermelhadas
As rolinhas engraçadas...
E o João de Barro
Engenheiro inteligente
No alto constroem sua morada
Ali prende sua amada...
E as gaivotas na areia
Parecem meninas assanhadas
Gritam beliscam
Migalhas que ali ficam...
Lindo mesmo é o bem ti vi
Com seu chapéu vermelho
Canta no raiar do dia
Seu canto é melodia...
MOSQUINHA VOADORA
Arrebitou suas asinhas
Foi varrer a cozinha
Fingindo-se ser boazinha...
Encontrou um ratinho
No cantinho escondidinho
O bichinho tremia de medo
E chorava o pobrezinho...
A mosquinha num salto
Pousou em suas orelhas
Logo vão te achar
E ao gato vão te dar...
O ratinho implorava
Faz assim comigo não
Sou magrinho e miudinho
Deixa-me aqui escondidinho...
A mosquinha querendo ser boa
Entregaria o bichinho
E ele implorava
Encontre um ratão
Ali tem de montão...
A mosquinha gargalhou
E disse toda orgulhosa
Vão te cozinhar com azeite
E do gato será o banquete...
Magricela
Não é menina não ela e uma lagartixa
É um réptil desengonçado
Rasteja-se pelo chão
Sobe em árvore e se acha engraçado...
Toma banho de sol espichada no telhado
Hoje ela apareceu com sua calda cortada
Com certeza algum gato desejou lhe dar um trato...
E o ninho dessa atrevida
Faz em qualquer lugar
Ali coloca seus ovos branquinhos
Coisa nojenta são seus filhinhos...
Branquelos de olhos pretos
Ainda pequeninos já escalam
Sobem em paredes lisas
Seus dedinhos parecem fitas...
Grudam com tanta força
Andam de cabeça para baixo
Se ela encontra uma mosquinha
Coitada da bichinha...
Na Floresta
É dia de festa
Chega o urubu
com sapato branco
De terno azul...
O leão com seu vozeirão
senta no banco
Vai tocar violão...
O coelho
Se olha no espelho
Enquanto
A cigarra
Fazia serenata...
O burro apressado
Chega suado
O pato
Esqueceu-se do sapato...
O galo atrapalhado
Canta desafinado
Era só animação
Na cantoria
Do gavião...
Enquanto
Um grupo animava
O outro dançava
A floresta
Toda animada
Foi até a madrugada...
O JABUTI
Gordo e pesado
Atropelou a lagartixa
Que ficou toda esmagada
Com a perna quebrada...
Coitada da lagartixa
De tão moída a coitada
Ficou como laranja
Depois de chupada...
A tartaruga lerda como é
Continuou sua caminhada
Nem parou para socorrer
A lagartixa atropelada...
Ali no chão a gemer
Ficou a pobre machucada
Seu jabuti que horror
Acuda-me, por favor...
Apareceu o calango
Que prometeu se vingar
Socorreu a lagartixa
Que não parava de chorar...
OBSERVANDO OS INSETOS
Fiquei pensando neles
Como age um com o outro
E olha que aparece
A esperança e o gafanhoto...
Os dois se alimentam de folhas
Um pequeno outro gigante
Mas fazem um estrago
Parece um elefante...
E a formiga cortadeira
Com suas garras afiadas
Um bando ataca a roça
Estraga a plantação de mandioca...
Mas tem insetos do bem
A abelhinha sempre a trabalhar
Das flores só sugam o néctar
E seu mel vai fabricar...
Nojento falar da barata
Se der mole ela invade
A cozinha o banheiro
Ela gosta mesmo de sujeira
Essa cascuda ligeira...
E passa uma mosquinha voando
Um grilo gritando
Se achando cantor
Só falta bater tambor...
Engraçado se entendesse
O que falam entre si
Falando mal um do outro
O cascudo do besouro...
Linda mesmo é a borboleta
Elegante em seu estilo
No jardim é uma beleza
Encanta com sua leveza...
Mas é mesmo encantado
Esse mundo dos insetos
Cada um com sua beleza
Uns arteiros outros sutis
Encantando a natureza...
OS TRES RATINHOS
Um se chamava João
Espertalhão
Corria na padaria
Roubava migalhas de pão...
O João era mesmo espertinho
Chegava bem de mansinho
Trazia flores
Á namorada do Luizinho...
Luizinho todo bobinho
Achava engraçadinho
Quando João andava
Paquerando sua namorada...
ria do namorado
Todo abobalhado
Via tudo não ligava
Se João lhe paquerava...
Mas um dia Luizinho
Chegou de mansinho
Tomando coragem pensou
Amizade com João acabou...
Assustado João ficou
Foi chegando pertinho
Duas lagrimas rolaram
E os dois se abraçaram...
João ficou triste
E disse chorando
Não vou mais te trair
Jurou implorando...
Luizinho riu contente
Camarada meu amigão
Viveremos os três felizes
Eu você e Mariquinha
Nossa namoradinha...
Mas casar isso só eu!
O peru
Convocou toda a bicharada
Patos, o galo e as galinhas.
Para a festança no galinheiro
Do seu casamento com a perua
Vieram até os gatos com seus trombones
Cachorros com tamborins
As galinhas d’angolas com suas flautas
Cantavam tô fraca, tô fraca
Nada faziam dizendo-se cansadas...
Por fim começa a festança
Sambas valsa e bolero e todos animados
No grande terreiro rodopiavam
Enquanto os pássaros cantavam...
A comilança era farta- tinha de tudo
Bodes e cabras, carneiros e ovelhas.
Cuidavam do rico banquete
Mas um tinha que reclamar
O pavão com seu penacho colorido
Dizia não comer nada aquilo
Desfilando todo exibido...
O IGUANA SE FAZENDO DE HUMILDE
Para desconfiado
Com olhar maravilhado
Lambe a língua se ajeita
Sente-se esfomeado...
Anda se rastejando abana a calda
Coloca a cabeça de fora
Olha o mosquito que dorme
Impaciente olha se esguelha
E zap!
Lá se foi o bichinho inocente
O esfomeado do iguana
Sente-se satisfeito
Era o melhor banquete
Daquele bem perfeito...
O mosquitinho tinha para ele
O sabor de pão com mortadela
Salada de maionese
Bem alimentado resolve tirar uma soneca...
O CAMALEÃO
Colocou sua cartola
Pegou a bengala de prata
Saiu mascando chiclete
Foi assistir a um jogo de bola...
No meio da goleada
Uma mosquinha arteira
Acha de pousar
Bem na sua cadeira...
O camaleão que bobo não é
Esticou a língua
E lá se foi à mosquinha
Servida como banquete...
Com a pança farta
Arregala os olhos
E fica gritando
O Jogo terminado
O camaleão se achando...
O SOL NASCENDO
O galo vai à escola
Mochila nas costas
No pé
As esporas...
Na saída
Encontra a cigarra
Com sua viola
Pedindo esmola...
Saiu cantarolando
Pegou seu violino
Na frente da escola
Cantou um hino...
Na sua crista
Pousou um grilo
Que entoava uma sinfonia
Atrapalhando
A sua melodia...
O cardume
Levada na correnteza
Tinha peixe de todo tipo
Pequenos feios
Tinha curto e comprido...
Os alegres e divertidos
Fazendo piruetas
Velozes e nadadores
E os peixinhos faladores...
Mas o de maior imaginação
Era mesmo a piaba
Com seu tamanho miúdo
Falava indagava
E nunca se cansava...
Magrinha e branquinha
Era a pequena piaba
Metida e se achava
A mais bela e engraçada...
O tamanduá foi passear
Convidou o gambá
Para com ele viajar.
Chegou à floresta
Encontrou o macaco
Cortando pau
Para fazer um berimbau.
O tamanduá estava com fome
Resolveu sair para caçar
Mas onde encontrar
Formigas para almoçar...
Andou nem um formigueiro encontrou
Escorregou no rio
Ficou ali tremendo de frio...
Coitado do tamanduá
Nem sabia nadar
Os sapos queriam ajudar
Tentavam e tentavam
O tamanduá era pesado
E não conseguiram...
E assim o tamanduá
Deixou à correnteza lhe levar
Até onde encontrasse
Algo para segurar...
E lá se foi o tamanduá
Não mais ouviram falar
Por onde ele deve andar...
O sapo
Está saindo, indo a algum lugar.
Coloca óculos escuros
Diz-se ser professor
Esse sapo gosta mesmo de se mostrar...
Lá se vai o espertalhão
Sem destino sem direção
Papel e vareta na mão...
Imagine
Se sapo pudesse voar
Chegaria bem antes do vento
Assim meio vagabundo
Percorreria o mundo...
Pior seria
Se sapo fosse como um rouxinol
Que abre o bico e sabe cantar
Acorda ainda na madrugada
Desperta o sol numa linda alvorada...
Ainda bem que sapo tem que andar
Às vezes até pular
Despido descalço
Imagine se sapo pudesse voar...
O GATO E O GUARDA CHUVA
E sai o gato a cantar;
Tenho um lindo guarda chuva
Que não gosta da luz do dia
Ele só quer saber da chuva
Se for sol fica em agonia...
E assim meu guarda chuva
Não foi feito de papel
Como não gosta de sol
Preciso usar chapéu...
Ou o sol vai me queimar
Se não for me proteger
Com esse meu guarda chuva
Não sei mais o que fazer...
Se a chuva vai embora
O meu guarda chuva entristece
Esse a chuva chega mansinho
Ele ri e flutua
Sai dançando na rua... PERUA TONTA
Dizem que é meio louca
Da forma que ela faz
Vive ciscando de costa
Roda, roda fica tonta.
A perua é cinzenta
Tem pose de dançarina
Roda o dia inteiro
Sambando no terreiro...
Quando cansa de ciscar
Vai ciscar no curral
Espanta gado e cabra
Faz aquele vendaval...
A perua gosta de luxo
Não dá bola pra o peru
Irritada ela fica
Quando ele faz glu, glu...
PASSEIO DE JUJÚ E JOANINHA
Era domingo as meninas Jujú e Joaninha acordam cedinho pulam daqui pulam dali resolvem fazer um passeio: Na floresta era bem assim podiam sair para visitar os parentes e assim fez as duas amiguinhas.
- O dia tá azul e não vai chover! Juju vestiu uma roupa de bolinha um laço vermelho na cabeça nos pés colocou sapatinhos de salto. Joaninha roupinha vermelha bolinhas pretas, colocou um chapéu sombrinha na mão, sapato amarelo. Vamos lá para a montanha visitar os nossos parentes e assim saem as duas colocam sementes na sacola e ruma ladeira a cima.
Andaram, andaram e logo encontram um casal de esquilo que resolve ir junto, eles iam à frente cantarolando e borboletas iam chegando e outros bichos se juntando, do mato surgiu dona aranha e foi logo dizendo eu também quero ir e posso tecer uma roupa assim se cobrem a noite e não morrem de frio..
É mesmo gritou Juju quero o meu todo bordado com fios de ouro botão de prata.
- E você Joaninha como vai querer o seu? Perguntou dona aranha toda animada...
- Eu não sei gosto da minha roupa e não sinto frio aqui na floresta tem muitas folhas e nelas posso ficar são quentinhas e aveludadas nem chuva nem frio eu vou passar.
E assim foram seguindo...
O resto eu deixo você criar...
Papagaio foi à escola
Trocava as palavras
No lugar de cancela
Escrevia gamela
E dava gargalhadas...
Era uma confusão
Folha trocava por rolha
E as frases ficavam engraçadas
Todos riam das suas palhaçadas...
Trocava fonema por cinema
Sintonia por folia
Nada tinha começo nem fim
E ele escrevia assim...
Embaralhava tudo
Descrevia sua linguagem
Nada tinha rima nada rimado ficava
E dizia com sua ousadia
É assim a minha poesia...
PEPEU
Saiu do buraco
Nem viu a chuva
Ficou todo molhado
Com o pelo embolado...
Tremia tanto de frio
Mas sendo um rato arteiro
Cuidou logo de esquentar
E na cozinha foi se abrigar...
No fogão se esticou
Mas logo a fome bateu
Subiu na mesa
E o queijo todo roeu...
Satisfeito se espichou
No queijo mesmo deitou
A noite foi uma beleza
E logo o dia raiou...
E o ratinho sonolento
Para o buraco voltou
Antes que Maria chegasse
E uma vassourada lhe desse...
PERNILONGOS
Fazem a festa
Aquele zumbido
Ao pé do ouvido...
Quer ver o pernilongo
Fazer serenata
Durma de luz apagada
Ai é aquela zuada...
Zum zum zum
Pica daqui pica dali
É palma a noite toda
Nem respeitam o ar
Só pensam em sugar...
A noite toda é uma agonia
Uma coisinha minúscula
Essa bicha atrapalhada
Que invade a madrugada...
O dia desperta ela some
Feito vento no tempo
Com pressa que ninguém possa encontrar
À noite voltam com tudo
Para outra vez batucar...
PULGA JOSEFINA
Logo chega ao bar
No balcão pede um sorvete
Fica atarantada
O sorvete derrete...
Foi sentar-se à mesa
Ficou toda embaraçada
Quando um pulgão
Deu-lhe uma olhada...
Mas quando o pulgão se levantou
Josefina se espantou
Ele andava de bengala
Era torto e mancava...
Sem dar ares ao pulgão
Ela levanta rebola
Passa por ele e vai embora...
Se esse pulgão se acha
Imagine eu com ele
Feio baixo e manco
Só se usar meu tamanco...
Nem que dinheiro tivesse
Casar-me-ia assim
Com alguém todo gordo
Mas se parece um porco...
POEMA DO BEIJA FLOR
Nas páginas de um livro
Declama um beija flor
São tantas letras perdidas
E eu aqui nesse calor...
Ah! Se pudesse voar
Bem longe iria parar
Voaria dessas paginas
Onde querem me trancar...
E num deslize de letras
O beija flor bate asas
Vai livre encantar o jardim
Deixando a poesia sem fim...
PAPAGAIO FOI Á ESCOLA
Trocava as palavras
No lugar de cancela
Escrevia gamela...
Era uma confusão
Folha trocava por rolha
E as frases ficavam engraçadas
Todos riam das suas palhaçadas...
Trocava fonema por cinema
Sintonia por folia
Nada tinha começo nem fim
E ele escrevia assim...
Embaralhava tudo
Descrevia sua linguagem
Nada tinha rima nada rimado ficava
E dizia com sua ousadia
É assim a minha poesia...
PIRRAÇA
O grilo abriu o canto
Espantou o sono
Do gato que dormia
E foi aquela agonia...
O gato querendo dormir
O grilo fazendo festa
O resultado que deu
Foi o gato correndo atrás
Mas o grilo se escondeu...
O grilo corria se escondia
E começava a cantar
Irritando o gato
Que já começava a miar...
E foi assim a noite inteira
Um corre daqui
O outro canta de lá
Quem aguenta essa zueira...
RATINHA BAILARINA
Era uma tarde sem mais nem menos encontram-se o rato e a rata o rato desconfiado sai do buraco enquanto a ratinha se esbaldava na mesa da cozinha devorando restos de queijo e farelos de pão. Estava faminta depois de ter dançado balé. O rato se aproxima e indaga:
- Sentei a tarde inteira na porta do buraco esperando você passar e quando apareceu desfilava sem mesmo me olhar, ainda dei um psiu e fingiu nem ouvir.
- Mas eu estava era querendo chamar a sua atenção bastava um sorriso e em teus braços cairia, disse a ratinha com cara de apaixonada...
- Você é muito vaidosa e me trata com tanta indiferença não sou um rato qualquer e só ama quem não te quer.
- Vocês são todas iguais se dizem apaixonadas e logo vem esnobar um dia irá se arrepender, quando a velhice chegar e ninguém mais te querer-disse o rato desanimado.
- Não seja assim egoísta e a velhice ainda vai demorar, mas creia se um dia resolver me casar é com você que quero ficar, mas enquanto sou uma ratinha charmosa quero mais é esbaldar
E assim saiu o rato desanimado de cabeça baixa voltando para a frieza e solidão do seu buraco, enquanto a ratinha ria da fraqueza do rato, ela queria mesmo era o amor de todos os ratos que circulavam nas redondezas...
Moral da história: não esnobe ninguém, um dia pode se arrepender.
Quando
A galinha acorda feliz
Vai chegando
Diz bom dia
E sai cantando...
Encontra o ganso
Vira as costas
Com ele
Não quer prosa...
E lá vem a ovelha
É só ver a galinha
Deita-se
E deixa que lhe coce
A orelha...
Passa o pavão
A galinha grita
Bom dia!
Seu metido grandalhão...
E assim fica a galinha
Acorda feliz
E diz bom dia...
POBRE ANIMAL
No meio do transito vai ele passando
Triste cabisbaixo
Carroça pesada
E ainda vai ele levando pancada...
Num trote rasteiro
O corpo velho não aguenta
Ninguém nota a estupidez
Que aquele infeliz enfrenta...
Cansado ele empaca
Nem uma passada a frente
Manso ele vai levando
Muito mais inteligente
Que o homem que sem noção
Chama-lhe de burro demente...
Esse pobre animal
Pode até não ter pensamento
Mas é nobre em sentimento
Muito mais do que aquele
Que lhe chama de jumento...
RATINHO ESPERTO
Enquanto a vovó tricotava
Ele saiu do buraco
No novelo de lã se escondeu...
De repente
O gato apareceu
O rato correu de lá
Escondeu-se no sofá...
E começou a correria
O gato corria atrás
O rato escapulia...
Era do sofá para o cesto
Enrolava nos novelos
Vovó nem percebia
Aquela estripulia...
E nessa bagunça toda
Ficou a tarde inteira
Até a vovó perceber
E com chinelo na mão
Acabou a brincadeira...
SAPO ENCALHADO
Botou a botina
Perfumou-se
E foi visitar a noiva
Que o tio lhe arranjou...
Na porta da casa
Da namorada
Lembrou-se da cartola
Saiu em disparada...
Correu, correu
Ficou cansado
Entrou no lago
Adormeceu...
A namorada coitada
Esperou a noite inteira
E o sapo só acordou
No dia seguinte
Com febre e bronquite...
SOL ESCALDANTE
No galho de uma mangueira
Uma lagartixa com cara de dor
Gemia, gemia era um horror...
Ninguém entendia
De todo canto surgia insetos
Um gargalhava
O outro gritava contente
Corram, corram minha gente...
A lagarta peluda
Atreveu-se foi na frente
Podemos saber o que aconteceu?
Vejo que se torce e geme...
E responde a mal humorada
Comi uma mosca exibida
Fiquei com dor de barriga...
Coitada da mosquinha
Gritou um grilo atrevido
E zombava da lagartixa
Geme baixinho dói meu ouvido...
Bem feito dona lagartixa
Dizia a borboleta
Eu assim meiga e delicada
Corro o risco de ser devorada...
A lagartixa se contorcia
Era uma grande agonia
Começou a soluçar
Deu um arroto tão grande
A mosquinha caiu lá...
SAPOS DE TODO JEITO
Amarelos esbugalhados
Tem pretinhos assentadinhos
E aqueles verdinhos
Sabem que são até bonitinhos...
À noite aparecem em bandos
Aos pulos se duvidar sobe no muro
Passam o dia na penumbra
À noite a luz os deslumbra...
Aquele coaxar no lago
Rompe a noite e a madrugada
Parece que batucam
Numa verdadeira alvoraçada...
Tem o sapo boi
Se alguém se aproxima ele incha
E o sapo cururu esse parece um monstro
O bicho é feio e ainda se acha rei.
TARTARUGA ZILÚ
Se achando uma garotinha
Sai nas ruas com sua bicicleta
Dizendo que vai fazer uma corrida
Nem aguenta uma subida...
Fica logo cansada de tanta preguiça
Também assim bem barrigudinha
Tinha que ser bem vagarosa
Ela é mesmo é muito gulosa...
Num almoço ela devora tudo que encontrar
Frutas maduras caindo do caindo do pé
Gramas verdinhas come tanto até se fartar
Depois adormece dizendo que vai descansar...
E depois vai Zilú a sua bicicleta pedalar
Chega-se a algum lugar isso vamos ver
Com essa barriga grande e preguiçosa
Ela gosta mesmo é de uma prosa
TUDO PRONTO PARA A DISPURA
E começa o confronto o leão como o rei da floresta
Faz a seleção convida o macaco para jurado
O guaxinim para dar a partida
A serpente vai ser a juíza.
E começa a confusão o porco espinho
Quer sair na frente e grita valente
Ou saio de primeira ou eu solto os meus espinhos
E ai de quem o pisar! Solto pelos caminhos...
Quando a briga começa a esquentar
O leão dar um rugido deixando todos quietos
Olham aqui seus espertalhões a coisa aqui é seria
Sai na frente quem eu decidir que não gostar
Pode sumir daqui e não mais voltar...
E começa a seleção- vem o gato e o rato
O gambá e o tatu esses corram na frente
Vai ganhar quem pela manhã puder aparecer
Lá na floresta das cores até o sol nascer...
E saem em disparada todos os animais da floresta
O leão o macaco e guaxinim seguiriam de carruagem
Assim esperariam quando todos chegassem afobados
Para serem vencedores e seus prêmios ganharem...
TAMANDUÁ FOI PASSEAR
Convidou o gambá
Para com ele viajar.
Chegou à floresta
Encontrou o macaco
Cortando pau
Para fazer um berimbau.
O tamanduá estava com fome
Resolveu sair para caçar
Mas onde encontrar
Formigas para almoçar...
Andou nem um formigueiro encontrou
Escorregou no rio
Ficou ali tremendo de frio...
Coitado do tamanduá
Nem sabia nadar
Os sapos queriam ajudar
Tentavam e tentavam
O tamanduá era pesado
E não conseguiram...
E assim o tamanduá
Deixou à correnteza lhe levar
Até onde encontrasse
Algo para segurar...
E lá se foi o tamanduá
Não mais ouviram falar
Por onde ele deve andar...
TODA ATRAPALHADA
Lá se vai à girafa
Na curva se entorta
Comprida como é
Não consegue ficar de pé?
Depois vem o rato
Se achando piloto
Sai derrapa na estrada
Atropelando a barata...
E o sapo coitado
Todo atrapalhado
Pedala para frente
Só anda de lado...
Coitada da tartaruga
Velha e enrrugada
Sai toda atrasada
Na sua bicicleta enferrujada...
Essa bicharada
É engraçada
Mas muito atrapalhada
Até um periquito fazendo palhaçada..
UM ESQUILO METIDO A SUFISTA
E não é que esse sem vergonha é tirado a sufista, entrava no mar era jogado fora, retornava e outra vez atiçado bem longe, mas teimoso como era se infiltrou num barco de pesca e lá se foi para alto mar.
Eram dias perdidos no oceano nem podia esquiar nem podia conversar o medo de ser jogado na água era bem maior e a monotonia começava a dominar aquele esquilo espertalhão, mas nem tudo estava perdido e lá se foi o sem vergonha deitado na proa tomando sol, quando ouve uma voz grave gritando:
--Hei seu vagabundo você nunca desiste, pois bem se pensas que vai curtir a viagem como se fosse férias engana-se... Venha já trabalhar ou te jogo na boca dos tubarões...
Tremendo de medo o bicho seguiu o capitão que o levou direto para a cozinha, onde ordenou que fizesse tudo que o cozinheiro ordenasse.
E num vai e vem de tarefas o esquilo se empanturrava de tanto comer, era um lambe de dedos que deixava o cozinheiro irritado.
No belo entardecer avermelhado, o esquilo todo folgado sobe na proa e avista milhares de baleias no meio do mar e se meteu numa roupa de nadador e lá foi ele ver de perto as monstruosas coisas que jogavam agua em esguichos,
Já escurecia quando resolveu retornar para o barco e qual é a surpresa o capitão o esperava bufando de raiva e segurando-lhe pelas orelhas levou até o salão onde gritou em brandos: você seu pivete desobediente vai ficar preso em correntes até retornarmos para casa assim nunca mais entra de penetra em barcos de pescadores. Passavam horas, dias e nada dele conseguir desembarcar numa ilha onde pudesse ficar e esquiar sem que ninguém atrapalhasse e num solavanco estrondoso o barco encalhou numa pedra e foi uma correria, pega caixa daqui corre e salva coisas de lá e ele ali acorrentado gritando sem ninguém querer ajudar, o barco iria afundar e todos já entravam num bote deixando o pobre do esquilo ali amarrado.
--Socorro! Socorro! Gritava já sentindo a agua tomar o barco, perdendo as forças de se esguelhar para ser salvo ele desmaia e quando acorda está no meio da vegetação todo ensopado, levanta assustado olha de lado olha do outro e não ver que havia salvado...
Só sabia que se conseguisse retornar para casa nunca mais se metia a ser sufista...
E assim aprendeu a lição que lugar de animal não é se meter a gente nem querer competir com as artimanhas do homem nem com a fúria do mar...
Invadir minha infância
Com meiguice e esperança
A vida fica colorida
Como sorriso de criança...
Revivem dentro de mim
Bonecas de pano
Balanço na árvore
Que delicia que encanto...
Vejo dentro da memoria
O cheirinho de comida
Pimenta cebola
Um torresmo sequinho
Tudo feito no capricho...
Panela de barro
Fogão a lenha
Cozinha perfeita
Aquela comilança
Mundinho de criança...
Essa vidinha gostosa
Que só no campo se tem
Saudades boas assim
Revivem dentro de mim...
FUI À LUA VIREI COMETA
Construí um chão de estrelas
Flutuei e dormir nas nuvens
Acordei como criança
Parecia criança arteira.
Que chupa pirulito
Delicia-se e se lambuza
Que come pipoca
Senta no chão.
Ver filme de monstros
Ri sozinha
Não ver motivos
Só sabe que ri
Que sonha.
Vira e revira
Corre na lua
Como se fosse a rua.
Brinca nas nuvens
Tira floquinhos faz algodão
Rouba do arco íris
As cores vibrantes.
Pinta com classe
O algodão doce
Foge do sol
Esconde-se.
Rouba seus raios
Transforma em vaga-lumes
Finge ser a lua
Encontra o sol passeia nos planetas
Abraçam-se
Viram cometas...
Irá Rodrigues
O reino dos brigadeiros
Construí uma casinha
Toda feita de maldades
Ali deixei bem trancado
Delicias de chocolates...
Era uma loucura boa
Tudo feito se espalhavam
Depois começava juntar
Era só no granulado passar...
E naquela bagunça toda
Até a mesa se mexeu
Os gostosos brigadeiros
Na forminha se meteu...
E logo a porta se abriu
O cheiro se espalhou
A garotada apareceu
E num piscar de olhos
Nem se quer esfriou
E de dois em dois
A molecada devorou...
E eu não sou boba nem nada
Na folia logo cai
Fui arteira virei criança
Coisa boa essa comilança...
Gotinhas de estrelas
Estrelas são pingos de luz
Surgem como meninas
Faz charme se exibe
Anoitece e logo aparecem
Enfeitam o negro da noite...
Parecem pinguinhos sorridentes
Esbanjam
Fazem estripulia
Roubam a cena
Até o raiar do dia...
É estrela cadente
Ou as três Marias
Cada uma representa
O tempo de nostalgia...
Nasce no romper da noite
Encanta nas madrugadas
Faz a menina sonhar
Inspira poetas
Deixa melodias no ar...
Aquece corações
Atende até pedidos
Quem pensa que ela é
O amor que partiu
Que para o céu se foi
Virou estrela
Que canta baixinho
Ilumina a vida
Ou é menina dengosa
Ou sua estrela guia...
REVIVENDO O PASSADO
Reencontrei-me menina em retratos amarelados
Cabelos longos sorriso franco
Era menina em gestos angelicais
Se tornando mulher em versos sensuais...
As bonecas esquecida no canto
Agora brinco de ser poeta no meu estilo
Em versos de amor profundo
Espalho meus sonhos pelo mundo...
A menina travessa meio moleca
Conserva seu lado infantil
Em versos deixa-se mostrar
A mulher sai do casulo e quer voar...
Nas paginas do diário tranquei a menina
A pureza jogada ao vento
Ensaiando ser poeta declamei
A menina que na mulher encontrei...
QUER FAZER UM ARCO ÍRIS
Pega lápis colorido
Use a sua imaginação
O azul vem à cor do céu
Traz a poesia do teu coração...
Sabe que cores tem sabores
Morango é vermelhinho
Verdinho tem a pera
E as cores das flores
Com cheirinho de passarinho.
Agora é só desenhar
As cores saltam no olhar
E logo o arco íris
Começa a se movimentar...
Pipocando na panela
Quem quer pipoca?
Pode ser doce ou colorida
Olhem as meninas pulando
Na panela saltitando...
Se o milho é branquinho
Viram noivinhas risonhas
E aquele vermelhinho
São mocinhas moreninhas...
Só precisa ter cuidado
A panela fechar bem
Ou elas vão saltar
Pulando pelo ar...
E começa a dança
Uma pula a outra saltita
E logo viram batucadas
Todas juntas assanhadas...
As batidas ficam mais fortes
Na tampa querem sair
É um empurra, empurra.
Todas querendo escapulir...
E prontas elas estão
Na vasilha despejadas
Um banho de manteiga
Polvilho de sal
Um queijinho não faz mal...
Guaraná bem geladinho
A garotada sai correndo
Agora é só provar
E no fim se deliciar...
Menino travesso
Acorda cedinho
Pega o estilingue
Para o mato vai andar
Em busca de passarinho
Para com isso moleque...
Passarinho tem liberdade
Deixa livre não maltrate
Vai brincar com lagartixas
Deixa de tanta maldade...
Dorme mais o dia não foge
Assim os pássaros cantam
E você com sua travessura
Não os espantam...
Menino travesso
A procura dos ninhos
Sobe em árvores
Deixa livre os passarinhos...
Eles são livres podem voar
Assim felizes podem cantar
Não aprisionem os filhotes
Os pais precisam cuidar...
Ler um bom livro
É gostoso e faz bem
A gente entra na história
Viaja no mundo da fantasia
E faz parte da poesia...
Ler faz bem ao espirito
Tem letras nas folhas caídas
Tem frases nas estrelas do céu
Tem até um poeminha com sabor de mel...
Tem palavras vagando na rua
Tem poesia brincando na lua
Tem historias nas ondas do mar
Perdidas a navegar...
Leitura tem sabores
Uva com abacaxi
Morango com framboesa
Tem até laranja misturada com kiwi...
Quem não gosta de ler
O canto do passarinho
Quando desperta gritando
E o dia anunciando...
E o vento quando assobia
Faz aquela sinfonia
Parece a poesia
Vibrando de alegria...
Ser criança é tudo isso
A semana só estudar
Dormir cedo e descansar
Precisamos aprender
Um dia vamos crescer...
Fim de semana que legal
Gangorra, bicicleta
Andar a cavalo
Correr no mato...
Ficar na cama
Ninguém queria
Para não perder a hora
De fazer estripulia...
O dia raiava abria a janela
Os passarinhos em euforia
Enquanto na varanda comiam
Era aquela cantoria...
De repente um beija flor
Esvoaçante interrompe
A serenata cantante
De passarinho errante...
E na maior alegria
Canta bebe água
Bate asas
Some deixando a nostalgia...
Tati
Uma menina
Que vive na rua
Sai cedinho para vender maçãs
Sem ter escola
Essa é sua vida todas as manhãs...
Não tem ninguém
Sua casa é na calçada
Sua família as estrelas
Olha e sente-se abraçada...
Quando a noite chega
Cansada não tem o que comer
Muitos passam olham
Nem um pão para oferecer...
Tati
Nunca roubou
Mas corre da policia
Por medo da repressão
Para a sociedade
Quem mora na rua
É ladrão...
Mas Tati só quer sobreviver
E ganhar um tostão
Quem sabe amanhã
Tenha o que comer...
Menino de rua
Não deixa de ser criança
Só não tem o que comer
Com ânsia de esperança
Vai para o sinal vender...
Ninguém entende sua dor
Fecha o vidro do carrão
Não enxerga aquela criança
Só pensa que é ladrão...
As lágrimas rolam
Tenta na fome viver
Não tem como escapar
É tratado feito cão
Ou que só sabe roubar...
Menino
Sem família
Seu pai é o céu
Sua mãe é a lua
Seu destino viver na rua...
Um casal de caipira
Vai conhecer o mar
Ao ver aquele mundo azul
Começa a gritar!
Ôba!
Chegamos na casa da praia
Corre mulher
Põe o maiô
Passa óleo no corpo
Quero me bronzear...
Quero meu boné
O sol tá rachando
Minha careca ardendo
Não fica ai reclamando...
Correm para a areia
Ali armam a barraca
Tem de tudo que possa imaginar
É só se achegar...
Churrasqueira fumegante
Cerveja gelada
Pão com mortadela
Tem até marmelada...
Os caipiras se fartando
A burguesia passando
Admirados olhando...
O caipira todo prosa pergunta:
Querem amigos
É só chegar e se fartar
Aqui ocês pode sentar..
Vem chegando
A cerveja tá gelada
E a carne tá assando...
Tem pra todo mundo
Pode vim chegando
Num farta nada
Tem arroz na tigela
Na cesta pão com mortadela...
CRIANÇA DA MARQUISE
O tempo passa
O sorriso não sabe dar
Leva a vida nas marquises
Um abraço só pode sonhar
Um lar nem param para pensar
Dia da criança!
Nunca se ouviu falar
O tempo passa
E tudo que deseja
Na vida só ver passar
Não recebeu amor
Nem teve um cobertor
O tempo passa
E ele ali ao relento
Só ver o homem que agride
O pai que fugiu
A mãe que morre de fome
Só sabe se lamentar
Passa a vida
Passa o tempo
A esperança de ser criança se vai
O amor que não viveu
Do frio que sofreu
Dos momentos de criança
Só a dor ficou
E sempre surgirão outras crianças
Sofrendo do desamor
Do descaso e do medo
Ou aquelas felizes
Que sabem sorri
E que nunca provou
A dor que nela ficou
Criança da marquise...
O menino Gustavo
Visivelmente apressado
Rondando sobre os pés
Sai gritando pelas ruas
Corram! O circo vem chegando!
Afobado quer ser o primeiro
Abre a mochila mostra o bilhete que ganhou
Era como exibir um tesouro
Mais valioso que ouro...
Um homem velho fitando-o com curiosidade
Balança a cabeça r e diz
Que linda essa sua felicidade...
E saia o menino Gustavo
Os pés rodopiando
Os olhos nas estrelas
E feliz saia gritando...
O circo chegou! ...
Criança
Tem direito
De explorar livros
Sentar em cima
Morder na capa
Escutar historia
Sentada no sofá
Deitada na cama
No lugar que desejar
Largada no chão
Até o piniquinho
Vira diversão....
NO REINO DO FAZ DE CONTA
Criança vive sonhando
Vagalumes e pirilampos
São estrelinhas sapecas
Arco íris fantasiando os campos...
No reino do faz de conta
Tem fadinha brincando
Tem passarinho cantando
E duendes encantando...
Tem balanço no cipó
Aranha tecendo fio
Formiga fazendo castelo
Tem calor e tem frio...
No reino do faz de conta
Não tem fome não tem dor
Tem Deus e tem anjinhos
Aqui só se fala em amor,,,
Era uma vez
A reunião da bicharada
Um gato que adorava chuva
Subiu no telhado
Voltava todo molhado...
Ai encontrava o rato
Todo descabelado
Que enchia a pança
No lixo da praça...
Enquanto isso
Uma lagartixa
Toda exibida vestia um biquíni
Deita ao sol e se espicha...
No laguinho
O sapo nada quieto
Até uma tartaruga
O espanta dizendo
Sai fora seu rabugento...
E o sapo grita!
Ora sua cascuda
Sou o rei desse lago
E você uma intrometida...
Logo adiante
Um urubu observava
Se bem conhecia a tartaruga
Logo teria banquete
Paciente ele esperava...
E foi o que aconteceu
O sapo se deu mal
Com uma bela mordida
A tartaruga o esganou...
O urubu todo contenete
Cuidou logo de se banquetera
Antes que aparecesse
Alguem querendo ajudar...
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