segunda-feira, 16 de março de 2015

poeminhas infantil



Um gato...

Que adorava sapatos
Calçava
Andava
E se achava...

Escalava telhado
No meio da chuva
Voltava molhado
Tremia de frio
Todo arrepiado...

Na cama deitava
Adormecia
E logo acordava
E miava
Procurando um sapato
E nele se enfiava..

Sapo e a piaba
A piaba meio cansada
Pega carona no sapo
E juntos descem o rio...
A piaba inquieta
Agarra daqui
Escorrega dali
Enfim se aquieta...
Uma ventania
Agita a água
E o sapo grita
Segura piaba
Não se agita...
A piaba toda afobada
Escorrega e é arrastada
Lá se vai à correnteza
A piaba e sua esperteza...





O golfinho

Sobe nas ondas
Faz cara feia
Olha aqui pessoal
Não joga lixo no mar
Isso pode nos matar...

Tanta ignorância
Amanhã não pode pescar
Nem seu filho nadar
Os peixinhos nem podem respirar...

 Vem aqui
Só quero conversar
Mas ninguém quer escutar
Parem com essa poluição
O mar não é lixão...

Amanhã
 Essa beleza pouco vai restar
Continua jogando lixo
A natureza se revolta
Ou o mar vai acabar...

Pensa nisso!
A quem vai se queixar
Se amanha nada disso restar
Será que Deus vai te escutar
depois das maldades que causar...



O GAFANHOTO

Leva nas asas
Um lápis gigante
Bem colorido
Tem as cores de um arco íris
Acha-se professor assim ele diz...

De pernas longas
Salta ligeiro
Faz-se galante
Ele é mesmo matreiro...

O gafanhoto só come folhas
Encontra uma   horta
De folhas tenras
Logo ele devora...

E assim é o gafanhoto
Um nobre vegetariano
Professor de matemática
Saltitante arteiro
Gafanhoto matreiro....

O PERIGO MORA EM CASA


Quantas crianças caladas
Com medo de gritar
Se fechando em silencio
Só lhes resta chorar...

Os dias passam sofridos
Muitos perderam o riso
A violência propaga
Essa dor que não apaga...

Espancados castigados
No corpo cicatrizes
Um sonho de criança
Perdendo a esperança...

O maior perigo hoje em dia
Está dentro do próprio lar
Crianças castigadas
Muitas mortas estranguladas...

Quem matou? – advinha
O pai a mãe ou o padrasto
A maldade impiedosa
Dessa gente criminosa...



DESIGUALDADE SOCIAL
Essa doença se chama
Falta de consciência
Caráter sem razão
De crianças vivendo sem compaixão...
Faça uma listagem e se assuste
Prostituição infantil
Exploração de menores
Drogas dominando tudo
Crianças perdidas no mundo...
A falta de amor de proteção
Abandonadas nas ruas
Filhos indesejados
Essa é a nossa nação...
Criança não é lixo não!
Cuidem com proteção
Ela precisa de lar
Precisa de educação...
Criança é gente
Ela passa fome passa frio
Ela quer apenas um pão
Não finge ser cego não!
Que país é esse meu Deus
Os políticos paralíticos
Só sabem levar vantagens
E as crianças?
Essas vivem em desvantagens...









Mariazinha e as nuvens


Toda tarde quando voltava da escola
Mariazinha deitava e olhava o céu
Via as nuvens e ficava encantada
Uma corria a outra sentada...
Mariazinha falava com elas
Se um dia eu fosse uma nuvem
Ensinariam a cantar
E com elas ria dançar...
As nuvens eram mesmo crianças
Nunca ficam paradas num só lugar
Aonde vão com tanta pressa?
Será um baile e vão dançar...

As nuvenzinhas também choram
Enquanto as mamães passeiam
Fazem furinhos  nas nuvens grandes
E chuvas derramam...
E se a chuva passar
Mandam logo o arco-íris
E nele ficam brincando
Umas caem outras escorregando





SER CRIANÇA


É ser a pureza das  flores
É ser livre como um arco íris
Que esbanja suas cores...

É ter a pureza das estrelas
É correr saltitar
É ter o brilho no olhar
É nunca deixar de sonhar...

Ser criança
É pintar o mundo
Colorir o brilho do olhar
É não perder a inocência
É ser e saber amar...

Ser criança
É ser respeitada -amada
É ser a pureza do amanhecer
É viver a esperança
Da alma de criança...

Irá Rodrigues


No reino da magia

Walt Disney
E até cinderela
Mundo em cores
Pintado de aquarela...

Montanha russa
Carrossel
Show de fogos
Em frente ao castelo
Luzes piscam no céu...

Um filme em 3D
Mickey
Com suas trapalhadas
Tom e Jerry
Dando gargalhadas...

E assim foi minha tarde
Vendo filme com a meninada
Até o homem máscara
Apareceu
Fazendo palhaçada...

Imagine

Como a vida seria
Sem tecnologia
Assistindo o tempo passar...

Imagine
Escrevendo rabiscos
Sem cobrar a escrita
Os sentimentos retidos
De tempos perdidos...

Tudo
Viraria fumaça
A poesia lida na praça
Os livros viajando
Por esse mundão afora...


Era uma tarde ensolarada

No galho de uma  mangueira
Uma lagartixa com cara de dor
Gemia, gemia era um horror...


Ninguém entendia...
De todo canto surgia insetos
Um gargalhava
O outro gritava contente
Corram, corram minha gente...

A lagarta peluda
Atreveu-se foi na frente
Podemos saber o que aconteceu?

Vejo que se torce e geme...
E responde a mal humorada
Comi uma mosca exibida
Fiquei com dor de barriga...

Coitada da mosquinha
Gritou um grilo atrevido
E zombava da lagartixa
Geme baixinho dói meu ouvido...

Bem feito dona lagartixa
Dizia a borboleta
Eu assim meiga e delicada
Corro o risco de ser devorada...

A lagartixa se contorcia
Era uma grande agonia
Começou a soluçar
Deu um arroto tão grande
A mosquinha caiu lá...


LANCHE DA GAROTADA

E a turma fica animada
Tem suco e tem rabanada
 Queijo com goiabada
E tem banana caramelada...

À tardinha a turma cansada
Chega à noite toda apressada
É tempo de invernada
Melhor ficar bem agasalhada...

A caminha a esperar
E o sono nada de chegar
A chuva no telhado a dançar
A meninada só quer conversas..,

Ainda é madrugada
A garotada toda acordada
E a chuva que não faz uma parada
Deixando a rua encharcada...

E o dia acorda
Lá fora é só chuvarada
Melhor para a garotada
É fazer palavra cruzada
Ou escrever poesia rimada...



Ser criança é tudo isso


A semana só estudar
Dormir cedo e descansar
Precisamos aprender
Um dia vamos crescer...

Fim de semana que legal
Gangorra, bicicleta
Andar a cavalo
Correr no mato...

 Ficar na cama
Ninguém queria
Para não perder a hora
De fazer estripulia...

O dia raiava abria a janela
Os passarinhos em euforia
Enquanto na varanda comiam
Era aquela cantoria...

De repente um beija flor
Esvoaçante interrompe
A serenata cantante
De passarinho errante...

 E na maior alegria
Canta bebe água
Bate asas
Some deixando a nostalgia...





Era uma tarde ensolarada

No galho de uma  mangueira
Uma lagartixa com cara de dor
Gemia, gemia era um horror...


Ninguém entendia...
De todo canto surgia insetos
Um gargalhava
O outro gritava contente
Corram, corram minha gente...

A lagarta peluda
Atreveu-se foi na frente
Podemos saber o que aconteceu?

Vejo que se torce e geme...
E responde a mal humorada
Comi uma mosca exibida
Fiquei com dor de barriga...

Coitada da mosquinha
Gritou um grilo atrevido
E zombava da lagartixa
Geme baixinho dói meu ouvido...

Bem feito dona lagartixa
Dizia a borboleta
Eu assim meiga e delicada
Corro o risco de ser devorada...

A lagartixa se contorcia
Era uma grande agonia
Começou a soluçar
Deu um arroto tão grande
A mosquinha caiu lá...


LANCHE DA GAROTADA

E a turma fica animada
Tem suco e tem rabanada
 Queijo com goiabada
E tem banana caramelada...

À tardinha a turma cansada
Chega à noite toda apressada
É tempo de invernada
Melhor ficar bem agasalhada...

A caminha a esperar
E o sono nada de chegar
A chuva no telhado a dançar
A meninada só quer conversas..,

Ainda é madrugada
A garotada toda acordada
E a chuva que não faz uma parada
Deixando a rua encharcada...

E o dia acorda
Lá fora é só chuvarada
Melhor para a garotada
É fazer palavra cruzada
Ou escrever poesia rimada...



Ser criança é tudo isso


A semana só estudar
Dormir cedo e descansar
Precisamos aprender
Um dia vamos crescer...

Fim de semana que legal
Gangorra, bicicleta
Andar a cavalo
Correr no mato...

 Ficar na cama
Ninguém queria
Para não perder a hora
De fazer estripulia...

O dia raiava abria a janela
Os passarinhos em euforia
Enquanto na varanda comiam
Era aquela cantoria...

De repente um beija flor
Esvoaçante interrompe
A serenata cantante
De passarinho errante...

 E na maior alegria
Canta bebe água
Bate asas
Some deixando a nostalgia

ESCREVER POESIA PARA CRIANÇA

É sentar no chão e brincar com as frases
Assim como se brinca de bonecas
Pular corda e amarelinha
Fazer rima bem arrumadinho...

É como sentar na praça
Tomar sorvete comer pipoca
Ri do macaco dando cambalhota
Deixar a noite chegar e ir embora,,,





Um curió

Todo belo e assanhado
Esse teu cantar suave
É brilho de liberdade
Feliz tu és por nunca ter sido trancado...

Imagine teus irmãos
Numa gaiola aprisionada
Sem ver a luz do amanhecer
Se cantar é de tristeza
Assim nunca perde a certeza...
De um dia poder fugir
E para bem longe poder ir
Assim seu canto será de alegria
Vibrando com maestria...
Feliz és tu curió
Que livre faz teu ninho
Tem mulher e a sorte
E juntos criam filhotes...
É lindo ver a beleza desse curió
Livre voa entre bandos
Nas árvores podem pousar
Das frutas se alimentam
E juntos podem cantar...
Dormem em bandos onde quiser
Sonhando com a liberdade
Que Deus os concebeu
Esse canto de alvorada
Que desperta na madrugada...








SOU UMA BRUXINHA

Mas uma bruxinha do bem
Aquela que não faz mal a ninguém
Nem feitiço sei fazer
Bem que gostaria de aprender...

 Assim enfeitiçaria os amigos
Com magias de felicidades
Que o amor nunca se perdesse
Nem as verdadeiras amizades...

 Sou bruxinha do bem
Queria mesmo era saber voar
Andar na vassoura é cansativo
Para alcançar as estrelas e poder tocar...


Engraçado que sou uma bruxinha
Que morre de medo de morcego
Que adora o reflexo do mar
Mas não se olha no espelho...

Feia eu sou nem precisa me dizer
Adoro fazer umas maldades
Fingindo que sou criança
E me lambuzar de chocolates...

Sou uma bruxinha do bem
Nunca faço mal a ninguém...



Vivendo criança


É viver entre o sonho e a realidade
Alegra-se com um brinquedo
Um carinho e muito mais
Desejos que satisfaz...

Vivendo criança
É fazer viver sem maldade
É inspirar o amor
Respirando felicidade...

Criança tem a doçura no olhar
A meiguice no falar
Cativa com um sorriso
Traz a inocência no ar...

Criança é esperança
Seja sempre
Essa criança.... f recanto






SABE AQUELAS BIXINHAS

Corajosas devoradoras
Às vezes prudentes
Outras salientes
Atacam todas contentes...

Imagine uma pobre árvore
Devorado pelas amigas
Quer testar passe mel
Depois adeus direto pro céu...

A marcha é perigosa
Parecem soldados atacantes
Sobem  tão alto
São repugnantes...

Não gostam de migalhar
Preferem um bom banquete
Se não acham fazem protesto
As mocinhas não tem nada discreto...

Nem quero imaginar
Em teu corpo passeando
Se tudo que acha na frente
As danadas vão devorando...    



MINHOCA  APRESSADA

Acorda já atrasado
Quer chegar ao lugar marcado
Corre, corre
Perde o trem
Atravessa a rua
Não olha de lado
É atropelado...

Saiu de casa correndo
Nem se viu no espelho
Um pé sandália rasteira
O outro sapato vermelho...

Com toda essa pressa
Levanta sacode a poeira
Engole o choro
Olha de um lado e do outro
E sai na carreira...

CRIANÇADA

Hoje é dia de farra
Fazer brincadeiras
Dar gargalhadas
De dar cambalhotas
Contar historinhas
Fazer palhaçadas
Ser criança...
Hoje é dia
De comer pipoca
Curtir ser criança
Se esparramar no chão
Gritar bem alto
Pular corda
E soltar balão...
Hoje é dia
De colorir o mundo
De pular o muro
Distribuir sorrisos
De ouvir uma musica
Brincar de ciranda...
Hoje é dia
De ir à praia
Catar conchinhas
Tomar sorvete se lambuzar
Fazer castelos
Catar peixinhos
Transformar o dia
Escrever a amais bela poesia...



No cair da tarde

Canto do bem ti vi
Suave se mistura
Ao som do colibri...


Um jardim secreto
Crianças brincam
Borboletas bailam
Flores desabrocham...

Onde fadas e duendes
Cantam com querubins
Ao som de flautas
Fazem serenatas...

Beija- flor pousa no ninho
Alimenta os filhotes e  voam
De flor em flor esvoaçam
Em sussurros encantam...






Um jardim

Bem no  fundo do quintal
Da casa  de Mariquinha
São flores e frutas caindo
E insetos se exibindo...

Uma minhoca folgada
Trabalha na terra
Deixando fofinha
E logo vem o besouro
Para fazer sua casinha...

Pardais fazem a festa
Abelhas aquele zumbido
Borboletas voando
E um tico-tico cantando...

Uma lagartixa ousada
Ri  balançando a calda
Ao ver a cara da gata
De orelha empinada...




Sem sorte


Criança faminta
O olhar exala tristeza
No corpo o desanimo
Acorda pela manhã
Nada tem para comer.
A noite suspira
Deita no chão
A mãe lamenta
Sua dor não mais aguenta.
Chora o pai
Crianças geradas
Que definham
Só pele e osso.
Escancaram a boca
Estremecem a vista
Só lhes resta a morte
Sem destino
Sem mão
Sem sorte
Sem nação...    




Zezinho

Não gostava de estudar
Nem sapato calçava
Passava o dia inteiro
Fingindo ser fazendeiro...

Era só o Sol raiar
E lá andava Zezinho
As suas cabritas levar
Para nas montanhas pastar...

Os dias passavam
E Zezinho nada queria
Só saia de casa
Para cuidar do rebanho
Nem ao menos tomava banho...

Já tinha cheiro de bode
Passava e todos gritavam
Já vai Zezinho fedorento
Cheiro de bode nojento...

Mas um dia já um moço
Resolveu se cuidar
Passou o dia no riacho
Aquele banho tomar...

Cortou cabelo fez barba
Roupa nova colocou
Sapato no pé engraxado
Ficou um moço apanhado...

E a noite foi na festa
Na pracinha da cidade
As moças cochichavam
Outras se beliscavam...

Todas queriam atenção
Daquele belo moço
Elegante e perfumado
queria mesmo como namorado...

E Zezinho ria de todas
Das que sempre lhe maltratava
Agora ele sabia
O que cada uma achava
e não mais se enganava...










o porco

se arrumou colocou perfume
calçou bota  pos chapéu
usou gravata listrada
e camisa bem arrumada...

no curral passou pelo burro
que  riu e relinchou
deichando o porco irritado
vai logo mal educado...

 mas o porco nem ligou
das criticas do invejoso
encontrou a cabrita teimosa
mas nao queria mesmo prosa...


o porco seguiu viagem
estava mesmo apressado
ia ver a namorada
no chiqueiro bem ao lado...

e logo estavam juntinhos
ele todo perfumado
a porquinha enlameada
cherava muito mal...

o porco desiludido
decidiu voltar pra casa
e o burro que o esperava
ria e relinchava... PAGINA



DESEJO

Uma casinha nas montanhas
Chuva fininha som no telhado
Frio que encanta lareira acesa
Cama quentinha e  lençol forrado...

Cozinha grande fogão de lenha
Pão no forno café coado
Queijo ali mesmo fabricado
No fim um gostoso abraço...

No quintal galinhas cantando
Pássaros voando da galho em galho
Cavalos e cabritos pastando
É delicia é encanto...

No curral vacas berrando
Leite tirando balde espumante
Delicioso deleite
Ali mesmo tomando...

Depois correr no pomar
Colher frutas do pé
Laranja, amoras e mangas.
Deitar nas sombras sonhar...

Viver essa criança sapeca
Que vibra  dentro de mim
Gnte grande é só reclama
Ciança é alegria é cheirinho de jasmim...






Garoto sem teto

Sem cama para dormir
Passa fome passa frio
Ver sumir a esperança
Que um dia sonhou ser criança...

Não tem escola para aprender
Tem apenas o sinal para vender
Muitos não querem entender
O que tem  para sobreviver...

A fome começa a corroer
Não tem o que escolher
Pega um pedaço de pão
Ninguém lhe estende a mão...

Garoto sem teto
Sem lar sem futuro...
Que alguém lhe joga no chão...

O dia acaba a noite vem
Sem casa mora na rua
Dorme no frio sem ilusão





Vagando nos poemas

Um casal bem engraçado
Voam daqui
Voam dali
São beijinhos
Carinhos
Vivem juntinhos...

Mas logo bate o ciúme
Estão a se namorar
E nesse ama não ama
Eles vão se casar...

Ele todo pomposo
Metido a galã
Sendo bem namorador
Fisgou logo seu amor...

A menina faz seu charme
Finge não se interessar
Ela toda mimosa
E no poema flutua dengosa...

Não quer fazer alarde
Olham no webcam
Frente a frente admirando
Imaginam se beijando...

Esse casalzinho charmoso
Que enfrentam tempestades
Ou mesmo a fúria do mar
Logo, logo irão se casar...

Amor assim
Feito carinho de passarinho
Que nem precisa tanto assim
É só encher de carinho...

É tanto carinho no ninho
São galhinhos secos
Asinhas entrelaçadas
Criaturinhas ousadas...

De bicos  compridos
Perninhas alongadas
Parecem bailarinas
Essas doces meninas...


O cãozinho de retalhos

Retalhos foram  cortando
Cada quadrado
Sempre brincando
Aos poucos ia se juntando...

No final acabamento
Algodão para enchimento
Assim ficou bem fofinho
Para dormir agarradinho...

Esse eu fiz com carinho
E Heitor logo adotou
É mesmo um cachorrinho
Mas ele grita que é seu cavalinho...

Criança adora brincar
Coisas simples podem encantar
Brincam o dia inteiro
Nem precisa gastar dinheiro...

Muita coisa que vai pro lixão
Pode bem ser reciclado
Corta costura emenda
Use a criatividade
Criança gosta de novidade...


























CRIANÇA NO CAMPO É ASSIM...


A meninada acorda na madrugada
Frutas maduras caindo do pé
Laranja
Tangerina
Acerolas
Ai que delicia
Essa enorme melancia...
Banana
Caqui
Pera
E até abacaxi...
Saem da cama bem antes do sol
Cabelos despenteados
Pijamas não tiram
Sandálias não cansam...
Sobem nas árvores
Sacode e o chão fica amarelo
De mangas suculentas
Parece mais caramelo...
A manhã passa assim na folia
Correm daqui
Correm dali
À tarde numa salada de fruta
Deliciam-se...

Criança no campo é assim...


É  PRIMAVERA..

Um alvoroço sem igual
Curvam-se as flores
Saúdam o Sol
Tudo é vida
Tudo são cores...

Revoam borboletas
De cores suaves
Que sugam
E bailam...

Revestem-se os jardins
De lírios perfumados
Azaleias todas floridas
Acácia as mais preferidas...

Caem em cachos
De árvores frondosas
Nas cores amarelas
Lindas e singelas...

Atraem abelhas
Amigas fiel
Que sugam
Em busca do mel...

E surge o Sol primaveril
Corteja as manhãs
Torna a vida colorida
Feito arco-íris
É a primavera querida.











Um garoto

Por força do destino
Entre os carros andava
Sem identidade sem nome
Com frio e com fome...
Sozinho à noite
Olhava as estrelas e sofria
Pedia ao papai do céu
Uma simples moradia...
Tentando mudar de sorte
Fugindo do frio e da morte
O menino sem nome
Só queria ser um homem...
Quem não se lembra
Daquele menino sem nome
Que muitos chamavam pivete
Mas era um menino carente...
Hoje o menino cresceu e venceu
Das mãos de Deus recebeu
Um presente cobiçado
Dr. Júlio advogado...
O menino sem nome batalhou
Com sacrifício estudou
E um dia se formou...
Ele hoje defende
O direito e respeito
Pela criança de rua
Que só tem o chão e as estrelas
E a mãe como a lua...

Um menino de rua

Não deixa de ser criança
Só não tem o que comer
Com ânsia de esperança
Vai para o sinal vender...

Ninguém entende sua dor
Fecha o vidro do carrão
Não enxerga aquela criança
Só pensa que é ladrão...

As lágrimas rolam
Tenta na fome viver
Não tem como escapar
É tratado feito cão
Ou que só sabe roubar...

Menino
Sem família
Seu pai é o céu
Sua mãe é a lua
Seu destino viver na rua...


UM CASAL DE RAPOSA


Moravam bem perto do curral
Pela manha
Saiam da toca
Com vontade de devorar
As galinhas a passear...

Encontra um galo
Que adorava cantar
Deixando o casal
Sem jeito para atacar...

Mas o galo só queria
Evitar uma briga
Vendo a cara feia
Da falsa amiga...

A raposa com falsidade
Começou a bajular
Elogiava o galo
Só querendo atacar...

E continuava a raposa
Que penas lindas você tem
Essa cor alaranjada
Parece pluma dourada...

O galo desconfiado
Na cerca pulou
A raposa desanimada
Dali se mandou...








SÓ ILUSÃO...
Não sei meu nome
Pai, mãe irmão.
Isso  eu não tenho não
Chamam-me de moleque
Aceito... Reclamo não...
Um dia parei em frente a uma loja
Fiquei imaginando
Vestindo uma roupa um sapato
Ganhando um brinquedo
Até usado servia
Para me fazer companhia...
Mais uma vez fui expulso
Sentei no meio fio
Cansado de ser humilhado
Queria um dia ser valorizado...
Quero tão pouco
Quero um lar
Uma roupa
Um sapato
Um brinquedo velho
E um pouco de amor...
A mim
Só resta a dor...    

TODA MANHÃ

 Um passarinho chegava de mansinho
Na janela da cozinha vinha se alimentar
E José todo animado pedia assim
Passarinho canta para mim...
E sempre que ele aparecia
José sussurrava-passarinho fala comigo
O colibri abria o bico e cantava
Mas José nada escutava...
E todas as manhãs era assim
José acordava cedinho
Fruta e água ele colocava
E o passarinho ele esperava...
E o colibri chega todo esvoaçante
E José pedia- passarinho canta
O colibri cantava, cantava.
Depois voava...
Um dia José resolveu
Se te alimento e não agradece
Comida nem água tu vai ganhar
Assim não será mal agradecido
E quem te pedir vai cantar...
O colibri vinha todas as manhãs
Cantava, cantava
Nem comida nem seu amiguinho
Onde será que estava...
José de longe espiava
Em silencio implorava
Passarinho canta pra mim
Juro não mais te abandonar...
O colibri  entendia
Cantava e José nada escutava
Seu amigo José era surdo
E não podia ouvir quando cantava...











O sapato

Sem cadarço
Queria dançar
Saiu do pé
E foi bailar...

Todo amalucado
O chulé foi espalhando
Quem dançava
Foi ficando
Com o cheiro que exalava...

O sapato nem ligava
No meio do salão
Sua dança continuava
E o sapato rodopiava...

O dono nem se dava
Que só um
No seu pé estava...

E assim o sapato dançava
Até que não aguentava
Num canto ficava...





O menino sem juízo

Sonhava
Viver no paraíso...
Pegava um livro
Lia relia
Nada entendia...
Mas escrevia
Tudo que sentia
E assim
Virava poesia...
Perfumava a dor
Com cheiro de flor..
Dizia que o amor
Era a voz do clamor...
Que o dia
Não passava
Para quem
Nunca sonhava...
Quem não soubesse viver
Não saberia crer
Que Deus
É o nosso viver...
E assim escrevia
O menino sem juízo
Como ele mesmo
Dizia vivia no paraíso...







Quando eu era criança

A vida era diferente
Brincava de pega, pega.
Pula corda amarelinha
Brincava de boneca
Fazia casinha...
Quem não brincou de morto-vivo
As pernas cansavam
De tanto agachar
E depois se levantar...
Brincadeiras de roda
Atirei o pau no gato
Anel meu anel
Era mesmo engraçado...
Ciranda cirandinha
Dança da cadeira
Amava essa brincadeira...
Tinha os versinhos
Quem perde paga prenda
E tantas outras brincadeiras
Era bom fazer besteiras...
Mas uma besteira boa
Que nada prejudicava
Subir em árvores
Chupar fruta no pé
Ou coisa boa ainda é...





SEM ALTERNATIVA...
Quantas crianças festejam
Ganham presentes viajam
Para outras só a  ilusão
Sem mesmo entender a razão...
O que é Dia da Criança?
Se muitas só conhecem a fome
Disposta a  lhe  atacar
Tendo uma  vida sem esperança...
Quantas crianças
Só conhecem a rua
Andam vagando
No mundo da lua...
Sem alternativa
Ou quem olhe por elas
Só lhe resta roubar
Ou nas drogas entrar...blog

http://poetasepoemas2013.blogspot.com.br/









ZECA VERDUREIRO
Sai nas ruas gritando
Saborosa beterraba
Compra logo
Ou acaba...
Quiabo
Repolho
E alho...
Tem feijão
Milho
E pimentão...
A vida de Zeca
Era assim
Plantava
Colhia
Depois vendia... recanto
Irá Rodrigues

Engraçado
Bordei um gato
Num pano quadriculado
Assim que terminei
O gato criou vida
Saiu andando
E miando...
Depois bordei um rato
De pelos arrepiados
O danado escapuliu
E saiu disparado...
Fiquei desanimada
Tudo que bordava
Criava vida
E andava...
Achei melhor
Bordar um espantalho
Amarrei com laços de fita
Costurei todo de retalho...
Mas nada deu certo
Ele saiu pulando
Restou-me
Ficar olhando... 







O CAOZINHO E A BORBOLETA

O cãozinho da Ritinha
Comeu a comida
No jardim foi brincar
Uma ousada borboleta
Em seu focinho foi pousar...
A borboleta atrevida
Fez bailado
Fez cosquinha
Deixando o pobre cãozinho
Achando ser uma pulguinha...
Au au auuuuuuuu
Latia o pobre bichinho
Remexendo sacudindo
Mas nada que fazia
A borboleta fugia...
O melhor então seria
Ser amigos
E a vida assim continua...














UMA FAMÍLIA DE GAMBÁ

Na laranjeira morava
Bem no quintal de casa
Passeiam na pracinha
Uma família inteirinha...

O senhor gambá
Acordava cedinho
Saia na sua caçada
Dona gambá se balançava
Enquanto a filharada brincava...

À noite aquela folia
Todos juntos fazem a festa
Invadem até a cozinha
Se a janela estiver aberta...




UGUINHO O ESQUILO SALTITANTE

...Fingindo-se de humilde.
Com seu jeito serelepe
Pula...
Ajeita-se nos galhos
Salta se exibe
Desce do tronco
Olha os coquinhos
Ora tranquilo
Ora impaciente...
Sobe com graça se senta
Mexe remexe
Pega um deixa cair
Pega outro lambe
Não sabe se saboreia
Ou se foge assustado
Com medo de ser capturado...
Todo metido a moleque
Sobe mais alto ri todo brejeiro
Sacode-se se remexe
E de forma saliente
Adormece satisfeito...


Um jardim

Bem no  fundo do quintal
Da casa  de Mariquinha
São flores e frutas caindo
E insetos se exibindo...

Uma minhoca folgada
Trabalha na terra
Deixando fofinha
E logo vem o besouro
Para fazer sua casinha...

Pardais fazem a festa
Abelhas aquele zumbido
Borboletas voando
E um tico-tico cantando...

Uma lagartixa ousada
Ri  balançando a calda
Ao ver a cara da gata
De orelha empinada...RECANTO



ZEFA

Uma galinha dorminhoca
Dorme e ronca a tarde inteira
E a noite só faz besteira...

E logo o dia amanhece
Ela acorda sai gritando
Sacode a bela peruca
E vai ela ciscando...

Essa galinha assanhada
Desfila pelo galinheiro
Chama atenção do galo
Depois sai no terreiro...

E grita ao mundo inteiro
Eu sou a mais bela galinha
Ai de quem duvidar
Comigo vai se acertar... RECANTO

 
Um esquilo

Todo metido
Acordou se espreguiçou
Escovou os dentes
Um coquinho devorou...

Numa gota de água
A mão lavou
Saltitou, saltitou
Outro esquilo encontrou...

O esquilo é mesmo engraçado
Era o dia despertar
Na palmeira ele subia
Para coquinhos devorar...




Um menino de rua

Não deixa de ser criança
Só não tem o que comer
Com ânsia de esperança
Vai para o sinal vender...

Ninguém entende sua dor
Fecha o vidro do carrão
Não enxerga aquela criança
Só pensa que é ladrão...

As lágrimas rolam
Tenta na fome viver
Não tem como escapar
É tratado feito cão
Ou que só sabe roubar...

Menino
Sem família
Seu pai é o céu
Sua mãe é a lua
Seu destino viver na rua...







ZEZINHO


Menino curioso tudo queria saber
Na sua rua passa um caminhão
Daquele bem velho e  roncando
 Cheio de galinha e porco gritando...



Zezinho curioso  atrás foi andando
Quanto mais  o caminhão se afastava
E ele continuava- e ai tudo começou
Com aquela aventura Zezinho não contava...

Nas ruas  ele seguindo  sem saber a direção
Já estava escurecendo e vem à confusão
Zezinho sai correndo sem  saber aonde vai
E nas  estradas desertas lá se foi o caminhão...


A noite engoliu o dia tão correndo feito o vento
Zezinho não viu mais o caminhão na curva ele sumiu
Estava ali perdido e nada enxergava
Resolveu voltar para casa, mas não sabia onde estava...

Em casa todos gritavam a mãe chorava
Queria seu filho de volta  não sabia o que fazer
Procuraram pela cidade ninguém sabia nada
A mãe ficada mais desesperada...

O dia já estava raiando o medo tomando conta
E olha quem vem chegando – grita o irmão
Era o Zezinho assustado de olhos esbugalhados
Abraçando a mãe ele jurou que aprendeu a lição...

Triste vida
Ser obrigada a ir pra rua
Vender frutas  e balas no sinal
Não importa o que fazer
Tem que ter o que comer...
Dinheiro tinha que trazer
Para minha mãe beber
Não queria ser espancado
E no frio abandonado...
Hoje nada vendi
Para não ser espancado
Durmo aqui na calçada
Sonhando acordado...
Como queria contar
Outro final
Mas na verdade
É a minha realidade...


O que isso quer dizer?

Estatuto da criança
Todos dever ir à escola,
Ter carinho casa educação
Se nem comida tenho
E durmo no chão...

Não tenho nome
Só me chamam malandro
Pivete ou ladrão
Família, o que é isso?
Meu pau é o transito
Minha mãe solidão...

Morada se chama rua
Brinquedos a pistola na mão
Minha escola é rua
Professor é o trafico
Meu desejo compaixão...

Que a sociedade acorde
Quero apenas um lar
Ser criança ser feliz
Que o homem enfim concorde
Que criança merece a felicidade
Tio!
Só quero viver com dignidade...

Uma reflexão a consciência negra..



Pobre animal
No meio do transito vai ele passando
Triste cabisbaixo
Carroça pesada
E ainda vai ele levando pancada...
 Num trote rasteiro
O corpo velho não aguenta
Ninguém nota a estupidez
Que aquele infeliz enfrenta...
Cansado ele empaca
Nem uma passada a frente
Manso ele vai levando
Muito mais inteligente
Que o homem que sem noção
Chama-lhe de burro demente...
Esse pobre animal
Pode até não ter pensamento
Mas é nobre em sentimento
Muito mais do que aquele
Que lhe chama de jumento...






Fantasia de criança
A mente é um paraíso
A magia o encanto
Coelhinho de páscoa
Bota ovo colorido...
Papai Noel existe sim
Não importa o que dizem
Ele chega o bom velhinho
Na noite de Natal
Enchendo o sapatinho...
Fantasia de criança
O pequenino se faz grande
Adora criar e se deliciar
Carneirinhos que voam
Nas nuvens remam...
Passarinhos que dormem
Bem ao lado do travesseiro
E desperta bem cedinho
Cantando o dia inteiro...




A NOITE CHEGA


Luz de estrelas
Lágrimas de chuva
Sorriso de anjos
Meiguice da lua
Beleza do sol
Encantos do mar
Momentos de sonhar...
Canteiros floridos
Bailado de flores
Canção de brisa
Desejo de amores...
Leveza de asas
Que flutuam
Exibem-se
Em cores vibrantes
Borboletas saltitantes...
Galope do vento
Folhas caindo
Barulho de agua
Cascatas surgindo
Gaivotas voando
Bem te vi cantando
Rio que transborda
Mar que afoga
Desejos de mim
Alma calada...
































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